Os tipos de pastagem são elementos importantes e relevantes para a produção agropecuária, pois está relacionada diretamente com a criação bovina.
Boa parte do rebanho leiteiro e de corte é mantido em sistemas com pastagens. Por exemplo, nos últimos tempos, o uso de pasto na produção leiteira se popularizou entre os produtores, por ser um método mais rentável.
No entanto, para que essa produção traga rentabilidade e lucratividade, é fundamental que a escolha do pasto leve em conta:
- Produtividade e as necessidades da forragem
- Exigências e particularidades dos bovinos
Pensando nisso, elaboramos um artigo para mostrar quais as melhores opções de forragens para as diferentes categorias de gado, como a de corte e a leiteira. Então, se você quer descobrir como realizar o manejo da pastagem, continue a leitura.
Tipos de pastagem para produção leiteira
Para a produção leiteira, os tipos de pastagem mais indicado são dos gêneros: Panicum spp., Brachiaria spp. e Cynodon sp.
A alimentação do bovino leiteiro requer alguns cuidados, pois há necessidade de se ver qual combina melhor com as características da propriedade, porque muitas espécies podem não se ajustar ao solo.
Por exemplo, quando há uma temperatura elevada, os animais se alimentam durante a noite e no amanhecer, quando há sompra disponível.
Outros aspectos também influenciam na qualidade da pastagem e na produção de leite, como:
- Quantidade de luz disponível
- Fertilidade do solo (nutrientes e água disponíveis)
- Números de animais e taxa de lotação
- Intervalo de pastejo
- Potencial genético dos animais
Cabe salientar que a escolha da pastagem também é influenciada pelas etapas de vida do animal, tais como: vacas em lactação, vacas secas, bezerras e novilhas.
Qual o tipo de pastagem ideal para cada categoria?
As bezerras, são animais que necessitam receber uma pastagem de qualidade, pois estão em fase de crescimento e desenvolvimento.
O tipo de capim indicado deve ter uma folhagem mais mole com pouco talo, baixo teor de fibra, boa digestão e boa aceitação.
Vacas em lactação, precisam receber pastagens de melhor qualidade, pois são produtoras de leite e quanto melhor o pasto, melhor a qualidade e o volume do leite.
Por isso, escolha pastagens que tenham potencial de acúmulo de proteína, e que a forragem seja adaptada à seca, pois devem suportar uma boa lotação de vacas neste período.
Para as vacas secas, elas têm de 1,5 a 2 vezes menos exigências nutricionais, pois estão em momento de recuperação, então elas podem ser colocadas em uma pastagem de qualidade menor ou ser utilizada para fazer o repasse na pastagem.
Ou seja, neste período, o ideal é que a vaca não perca e nem ganhe peso em excesso e esteja pronta para a próxima lactação.
Cabe salientar que todo pasto deve estar adaptado a todo o sistema, não somente para uma determinada categoria.
Veja no próximo tópico, como escolher o melhor tipo de pastagem para gado de corte.
Tipos de pastagem para gado de corte: Qual a melhor forrageira?
Para a produção de corte, o capim braquiária e panicum são os mais utilizados na alimentação. O panicum é bastante utilizado, mas em menor escala, por ter um manejo mais exigente.
Do gênero das braquiárias, a mais recomendada é a brizantha pois são tolerantes a frio e seca, bem como resistentes às cigarrinhas das pastagens. Ela é indicada para todas as fases dos bovinos, e também pode ser usada para ovinos, caprinos e bubalinos.
Conheça mais sobre os tipos de capins mais recomendados para o gado e suas peculiaridades:
Coloniões: tipos de pastagem mais exigente
É o grupo que apresenta maior capacidade produtiva e alto valor nutritivo, podendo suportar de 4 a 5 animais por hectare. Além disso, tem alta palatabilidade, produzindo mais folhar do que colmo.
No entanto, para que a forrageira expresse todo o seu potencial, o solo precisa ser bastante fértil, o que acaba resultado em maior investimento para o produtor. Entre as espécies mais utilizadas estão:
- Capim mobaça
- Massai
- Tanzânia
- BRS Zuri
- BRS Quênia
+Veja sobre em Seleção Pastagem: Capim Colonião
Braquiárias: tipos de pastagem mais utilizada
É a mais utilizada no Brasil, isso se deve ao fato de serem mais flexíveis, adaptando-se bem aos diferentes climas e níveis de fertilidade do solo.
Possuem raízes profundas e vigorosas, que se tornam uma alternativa para solos pouco férteis. Além disso, apresentam maior tolerância ao frio e à seca.
Nos pastos das propriedades é comum que os produtores utilizem mais de uma espécie de braquiária para que uma compense a outra. Entre as espécies mais indicadas estão:
- Capim marandu
- Brachiaria humidicola
- B. decubens;
- Brachiaria ruziziensis.
+ Confira sobre a Seleção Pastagem: Capi.m Braquiária
Tiftons: boa aceitação pelos animais
As espécies do grupo dos tiftons, engloba as forrageiras do gênero Cynodon. São forrageiras mais produtivas que os coloniões e possuem uma boa produção de matéria seca, fornecendo proteína bruta e boa digestibilidade. São espécies excelentes para pastejo e produção de feno.
Além disso, possuem alta capacidade adaptativas e se dão bem em regiões quentes e resistentes às geadas. Além disso, aceitam solos arenosos, argilosos ou mistos, desde que sejam bem adubadas.
No entanto, são espécies que não toleram solos encharcados, nem ambientes sombreados. Também não são forrageiras que se propagam por meio de sementes, sendo o plantio feito por muda. A mais utilizada é o capim estrela.
Conclusão
Enfim, existem muitos tipos de pastagem e cada um deles responde de maneira distinta ao solo e ao ecossistema ao qual têm que se adaptar. Capriche bem na sua escolha para aumentar a produtividade!
Se você gostou do texto, compartilhe-o em suas redes sociais e não deixe de marcar seus amigos pecuaristas!