O método mais tradicional na maior parte do Brasil é a terminação de gado no pasto. Esse processo ocorre durante 3 e 4 anos, até que o bovino atinge o peso de abate.
A prática de terminação a pasto garante uma produção de carne mais macia e saborosa, com um menor custo e mais rentável
Veja neste artigo, tudo que você precisa saber sobre a terminação de gado no pasto. Saiba também como evitar o efeito do boi sanfona. Então, acompanhe!
Quando a terminação de gado no pasto é indicada?
A terminação é realizada nas regiões onde não há abundância de grãos. O preço das terras também influencia no preço da arroba dos animais.
Por isso, os pecuaristas não se sentem obrigado a terem um retorno rápido do capital. Assim os animais podem ganhar peso aos poucos não sendo forçados a terminar cedo para obter um retorno rápido do investimento.
Quais as vantagens da terminação do gado no pasto?
Ao optar em realizar a terminação do animal a pasto, há inúmeras vantagens, como por exemplo:
- Maior rentabilidade
- Menor custo para a produção, pois terminar os bovinos a pasto, elimina as despesas com a construção de instalações de confinamento
- Produz carnes mais macias e saborosa
- Bem estar animal, diminuindo o estresse dos animais com menos manejos)
- Maior sustentabilidade, pois permite produzir maior quantidade de carne em uma menor área de terra
Quais os tipos de pastagens mais recomendadas para a terminação do gado no pasto?
Não há uma pastagem ideal para todos os tipos de propriedade, e sim aquela que melhor se adequa ao sistema produtivo da sua fazenda.
Entre as forragens mais indicadas estão as do gênero Braquiária, Cynodon, Capim pangola, Panicum, Penissetum e Andropogon. São forrageiras que tem como característica a perda lenta dos nutrientes.
Por exemplo, as braquiárias são as mais utilizadas. No entanto o plantio de forragens leguminosas e com um bom valor nutricional para um desempenho animal de acordo com a categoria envolvida.
Como é feito o manejo da terminação?
Não adianta ter um bom fornecimento de capim e suplementação, se os cuidados sanitários não estão adequados. Por exemplo, um boi infestado de carrapatos e vermes pode ter um baixo desempenho e será necessário estender a idade ao abate.
Por isso é importante ter um bom planejamento do manejo e estratégias de combate. Não esperar que os empecilhos aconteçam e comprometam o desempenho do rebanho e a sua produtividade.
Manejo sanitário do rebanho terminado em pasto
O manejo sanitário do rebanho, é a peça chave para uma pecuária de corte bem-sucedida. Além disso, é uma medida bastante vantajosa, devido as prejuízo que os parasitas causam em uma propriedade. Por isso é altamente viável realizar o manejo, dado que o investimento é baixo.
Evite o efeito do BOI SANFONA
No Brasil, cerca de 90% da engorda dos anima ocorre no sistema à pasto. No entanto, essa estratégia tem como gargalo a estacionalidade da produção das forrageiras. Ou seja, o animal engorda na chuva e emagrece na época das secas.
Então, para maximizar e ter uma produção estável, mesmo com a limitação é aplicar algumas práticas como:
- Armazenamento do excesso de forragem produzida no verão, na forma de silagem
- Vedação de pastagens
- Suplementação de concentrados
Diferimento de pastagens, é a prática mais comum, pois ela concilia a maior produção com melhor qualidade aliada a vedação escalonada dos pastos
Além disso, mesmo com o diferimento dos pastos e a alta disponibilidade de forragem, o valor nutritivo será baixo. Sendo assim ela deve estar associada ao fornecimento de suplementos no cocho sem a necessidade de construir instalações de confinamento.
O animal irá consumir a mesma quantidade de ração como se estivesse confinado. As forrageiras serão fonte de alimento volumoso, diminuindo os custos com volumoso e fonte de fibra para a manutenção da saúde ruminal
Conclusão
Enfim, a terminação do gado no pasto promove maior rentabilidade, com menor custo, produzindo uma carne de melhor qualidade. No entanto é um sistema com uma terminação mais longa, além de ter a estacionalidade das forrageiras como principal desafio.
Por isso uma estratégia é fazer a suplementação no cocho, e evitar o efeito do boi sanfona. E se você gostou do conteúdo, compartilhe em suas redes sociais!