Conhecer as raças de vaca leiteira e suas características é importante pois permite que produtor faça o melhoramento genético do rebanho por meio do cruzamento que atendam aos interesses do produtor;
Além disso, o Brasil é o quinto maior produtor de leite do país. Devido as grandes extensões territoriais com regiões de climas diferenciados, um dos grandes desafios para os produtores é produzir vacas que se adaptem bem as suas condições. Entre os critérios que devem ser analisados são, por exemplo:
- Sistema de produção e a finalidade
- Fatores ambientais como clima
- Topografia
Pensando nisso, listamos as sete raças de vacas leiteira mais utilizadas no Brasil. Então se você quer saber mais sobre a produção de cada uma, continue a leitura!
Principais raças de vacas leiteiras utilizadas no Brasil
Veja no texto abaixo as principais raças de vaca leiteira mais utilizadas no Brasil:
1. Holandês: Uma das raças de vaca leiteira mais popular
A raça holandesa é uma das mais conhecidas pois tem a capacidade de produzir um grande volume de leite. Além disso, são animais dóceis, de grande porte e possui uma pelagem preta e branca ou vermelha e branca. Além da capacidade de alta produção, possui uma boa longevidade e fertilidade.
Então veja abaixo as principais características desta espécie:
- São sensíveis ao calor e a carrapatos. Em dias mais quentes, acima de 25°C sua produção pode diminuir drasticamente
- As matrizes podem ter a primeira cria aos 2 anos de idade e a sua produção média é de 6 a 10 mil Kg em 305 dias de lactação.
2. Jersey: Segunda melhor raça de vaca leiteira de origem europeia
É uma raça europeia, rustica, que se adapta fácil com uma boa produção de leite, com pelagem parda com variação de pardo escuro ao amarelo claro.
Os animais dessa raça são extremamente dóceis, de porte pequeno e elevada produção de sólidos de leite. Então veja abaixo algumas características importantes, por exemplo:
- Apresentam maior tolerância ao calor, maior que a raça holandesa;
- Boa produtividade, com produção média de 3500 a 5500 litros de leite em 305 dias de lactação;
- Alta precocidade, endo a primeira parição de 15 a 18 meses de idade e facilidade de parto;
- Alta longevidade;
- Excelente qualidade do leite;
- Menor ingestão de matéria seca
Além disso, o leite produzido por esses animais, tem elevados teores de proteína e gordura. No entanto, apesar de serem animais mais resistentes, seu úbere tem tetos pequenos e espaçados bem volumosos, o que pode se tornar um desafio na hora da ordenha, além disso por serem animais mais baixos e com membros curtos, pode ser difícil encontrar touros de qualidade no mercado.
3. Pardo Suíço: Uma das raças de vaca leiteira mais antiga do mundo
Esses animais são mais rústicos, além disso possuem uma pelagem de cor parda clara a cinzenta e de boa longevidade. Então veja abaixo algumas características importantes sobre essa raça de vaca leiteira:
- São animais que apresentam alta fertilidade e precocidade sexual;
- Possuem bons aprumos, cascos fortes;
- Boa produção de sólidos, mas com produção menor em relação a raça Jersey e Holandês;
- Boa capacidade de suportar estresse térmico
- Pode ser utilizada para gado de corte, mas é mais utilizada na produção leiteira;
- A idade para o primeiro parto é de 30 meses;
- Produção média de leite é de aproximadamente 2500 Kg em 200 dias de lactação
Além disso, seu úbere é bem desenvolvido com tetos de tamanho mediano e boa inserção.
4. Gir: Raça de vaca leiteira de maior produtividade
É uma raça de vaca leiteira originária da Índia que apresenta maior rusticidade e adaptação a climas tropicais, pois suporta altas temperaturas e variações na umidade do ar, sendo assim é a mais utilizada em cruzamentos. Então veja abaixo as principais características desta raça:
- São animais de dupla aptidão, ou seja pode ser utilizada na produção de leite quanto na produção de corte
- Apresenta boa resistência aos ectoparasitas
- Apresenta longevidade produtiva e reprodutiva
- Boa capacidade de pastejo, sendo indica para sistemas a pasto
- O leito possui grandes quantidades de sólidos, além disso a maioria produzem leite tipo A2
- Menor precocidade sexual, por isso alguns animais necessitam do bezerro em pé na hora da ordenha
- Primeira cria aos 43 meses de idade
- Produção média de leite é de cerca de 777kg em 286 dias.
5. Girolando: Raça de vaca leiteira do cruzamento das raças Gir e Holandês
O cruzamento de raças tem como objetivo aliar as características produtivas e precoces da Holandesa com a rusticidade e adaptação da raça Gir. Além disso, esse cruzamento Girolando, o padrão racial é de 5/8 Holandês e 3/8 Gir. Ela tem como características, por exemplo:
- Boa produtividade e rusticidade
- Adaptação ao clima brasileiro
- Boa eficiência reprodutiva e conversão alimentar
- Média de produção de leite é de 5061 Kg em 283 dias de lactação
- Primeira cria com 36 meses de idade
6. Guzerá
A Guzera foi a primeira raça zebuína a ser domestica pelo homem. Além disso, é uma raça rústica de animais que se adaptam bem ao calor, então veja abaixo, as principais características desta raça:
- Produção média de leite 2071 Kg em 270 dias de lactação
- Raça de dupla aptidão, tanto para produção de gado e corte quanto leiteiro
- Facilidade para ganhar peso com menor investimento
- Primeira cria entre 37 e 47 meses de idade
- Produz leite do tipo A2, mas também com grande porcentagem de gordura e baixa contagem de células somáticas (CSS)
7. Sindi: Uma das raças de vaca leiteira comum em regiões do Nordeste
Os animais da raça Sindi possuem pequeno porte e são adaptados às regiões quentes e secas. Então veja abaixo as principais características, como por exemplo:
- Baixa produtividade leiteira
- Possui uma pelagem vermelha que varia de vermelho escuro a amarelo alaranjado com pintas brancas
- Produção média de 2266 Kg em 250 dias de lactação
- Primeira cria por volta dos 31 meses de idade
- Possui dupla aptidão
- Boa adaptação para regiões mais secas e com pouco recursos alimentares
+Conheça também as raças de gado de corte mais utilizadas no país.
Conclusão
Enfim, é importante conhecer as raças e saber as características da região do produtor. Além disso, o produtor precisa se atentar ao sistema de produção, para as condições da área, os alimentos ofertados e até mesmo a capacidade de investimento. Tudo para otimizar a produção de leite e aumentar os lucros da atividade.
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