O período de transição seca-águas, acontece nos meses de setembro e outubro e faz grande diferença na qualidade das pastagens.
Esse período também é bastante crítico, pois a propriedade acabou de passar por um período de seca de 4 a 6 meses e terá que enfrentar alguns desafios na produção.
Isto porque os pastos estão degradados e não tem disponibilidade de matéria seca e além disso, a forra apresenta baixos níveis de proteína, vitaminas e minerais, deixando os animais com baixo desempenho e estado de saúde do rebanho.
Durante a transição seca-águas, é preciso ter um programa alimentar, pois nessa época o rebanho tem acesso a pasto de baixa qualidade, com pouco disponibilidade da matéria seca.
No sistema pecuário brasileiro, é focado no pasto como a principal fonte de alimento. Com base nisso, é preciso considerar, por exemplo:
- Espécie e crescimento das forrageiras
- Volume da chuva
- Temperatura e luminosidade
- Fertilidade do solo
- Estrutura do pasto
- Consumo e conversão pelos animais
No Brasil, o sistema pecuário é baseado em duas épocas: águas e seca. Na estação das águas, é caracterizado por chuva, radiação solar e dias longos, o que produz bastante forragem.
Durante a seca quando há falta de chuva e as temperaturas são baixas, a produção diminui e as pastagens também.
+ Saiba também como fazer a suplementação bovina durante o período na seca
Para garantir os índices de produção, é importante ter um planejamento alimentar do rebanho, fazer o ajuste da oferta da forragem, diminuir a taxa de lotação e armazenar o alimento, de forma a garantir o alimento para os próximos meses.
Pensando nisso, veja algumas estratégias que você pode adotar durante esse período de transição, para manter o ganho no desempenho animal. Então continue a leitura!
Faça diferimento da pastagem durante a transição seca-águas
Após o final da estação chuvosa, não faça reposição e mantenha os pastos isolados. Assim a forrageira se desenvolve nesse período e pode ser utilizada durante a estação seca.
Para fazer esse diferimento, avalie o tipo de forrageira que você irá utilizar, pois nem todas as gramíneas são recomendadas, por exemplo algumas cultivares de capim braquiária, são uma ótima opção para a seca, pois se mante com boa quantidade de folhas e perdem pouco valor nutritivo.

Tenha um programa para suplementar durante o período de transição seca-águas
Durante esse período, os animais gastam mais tempo durante o período de seca, buscando as folhas jovens, aumentando o tempo de pastejo e reduzindo o consumo do produto.
É uma opção para quem também não tem tempo para diferimento do pasto, ou quando os animais não podem reduzir. Neste caso, recomenda-se a utilizar o sistema de confinamento.
Os animais que permanecem na propriedade precisam de uma suplementação específica para suprir os déficits nutricionais.
Quando a escassez hídrica, é fundamental aumentar a quantidade de suplemento para os animais e garantir que suplemente todos os animais.
Dessa forma, no período das águas, quando as chuvas firmarem, é necessário:
- Rebaixar a macega;
- Favorecer a formação do pasto de água;
- Aumentando a taxa de lotação para que o pasto fique mais homogênea;
- Uso de adubação irá aumentar o crescimento da forrageira.
Por isso troca do suplemento de chuvas pela seca acontece durante o primeiro mês de outono, devido a escassez da forragem, com essa troca é possível manter o ganho de peso dos animais durante o período das águas.
Adiante o planejamento alimentar do seu rebanho
Uma outra opção é planejar a alimentação do rebanho, realizando as seguintes estratégias, como por exemplo:
- Intensifique o uso de alguns pastos
- Aumente a taxa de lotação, fazendo o manejo de forma rotativa
- Adubação do pasto
- Suplemente os animais
Assim haverá pouca área sem pastejo, produzindo capim excedente durante toda a época das águas. Além disso, entre as técnicas é possível ensilar forrageiras e armazenar quando suprir a ausência de volumoso na época de seca.
Essa técnica gera um alto custo, com ênfase nos investimentos em equipamentos e maquinários.
Tenha metas econômicas e zootécnicas durante a transição seca-águas
O produtor deve estabelecer metas específicas, pois para cada categoria de animais da propriedade possuem exigências nutricionais diferentes.
Então para avaliar é necessário estabelecer uma meta para o ganho de peso para cada período, visando o desempenho médio e garantindo a produção e mantendo com isso os lucros e gastos.
Conclusão
Enfim, são inúmeras as possibilidades de fazer combinações e técnicas, mas o importante é realizar um planejamento alimentar anual para aumentar a lucratividade da pecuária. Esteja sempre a um passo a frente na sua produção!
E aí gostou do conteúdo? Você costuma fazer o planejamento alimentar anual do seu rebanho? Então conte para gente nos comentários e compartilhe em suas redes sociais.
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