As causas de aborto em vacas de corte podem ser várias, desde doenças infecciosas até manejo inadequado. Por isso é muito importante saber como evitar esse problema no seu rebanho para reduzir os prejuízos e manter a eficiência reprodutiva das vacas.
O que é o aborto em vacas?
O aborto em vacas diferencia-se da perda embrionária, pois consiste na perda fetal entre 42 e 260 dias e gestação. Já a perda embrionária ocorre até os 42 dias. Além disso, quando o bezerro nasce após os 260 dias de gestação, é considerado natimorto.
No texto abaixo você irá conhecer as causas e como evitar essa perda. Então continue a leitura!
Quais são os principais motivos do aborto em vacas?
O aborto em bovinos pode ocorre por várias causas, desde fatores genéticos à ambientais. Descobrir a causa é um desafio para os médicos veterinários, ainda mais porque as fêmeas quando perdem a gestação, dependendo da causa, podem retomar a atividade.
Entre as causas mais comuns para a perda da gestação em bovinos são, por exemplo:
- Traumas
- Estresse
- Carência nutricional
- Excesso de calor ou frio
A eliminação do feto não causa somente implicações negativas para a saúde do animal, como também causa prejuízos financeiros.
Aborto em bovinos por alterações genéticas
As alterações genéticas ocorrem devido a problemas individuais das vacas. Esses distúrbios causam alteração no feto, e podem resultar no aborto, por causa da incapacidade do feto de se desenvolver. Alguma dessas alterações são visíveis nos fetos, mas também são raras.
Abortos em bovinos por estresse térmico
O estresse térmico também pode comprometer a concepção, ao invés de causar abortos. Há evidência de que o aumento da temperatura do ambiente pode causar aborto nas vacas devido à alta temperatura corporal, resultante de infecções.
Abortos em bovinos devido a substâncias tóxicas
Algumas substâncias são tóxicas e podem causar o aborto nas vacas, como as micotoxinas, que são substâncias tóxicas produzidas por fungos e pode ser encontrada nos alimentos dos animais.
Aborto em vacas causado por Bactérias
Entre as bactérias mais contagiosas e infecciosas é a brucelose, causada pela bactéria do gênero Brucella. É uma doença muito grave e pode ser difundida para o ser humano, causando febre ondulante.
Essa infecção também pode resultar no nascimento de bezerros fracos ou natimortos e na retenção de placenta.
Além disso, outra zoonose importante é a leptospirose, uma doença contagiosa, caracterizada pela morte precoce do embrião, são bactérias muito comuns em climas quentes e úmidos, terras alcalinas e áreas alagadiças.
As bactérias do gênero Actonomycespyogens, Bacillus, Streptococcus sp. são muito comuns de serem encontradas, elas em geral atingem o feto e a placenta através do sistema circulatório.
Aborto em vacas causado pelos vírus
Entre as doenças viróticas que ocasionam o aborto em bovinos estão a diarreia viral bovina, a BVD, o vírus penetra na placenta e causa a infecção intrauterina no feto, causando a morte embrionária precoce, aborto, defeitos congênitos, nascimento de crias morta, entre outros problemas.
Enfim há várias formas de se causar o aborto em bovino, mas você sabe quais os danos quando afeta o seu rebanho? Veja no tópico abaixo:
Quais os prejuízos de um aborto em vacas?
Além da perda do feto, o aborto pode trazer outras consequências negativas para o animal e para o bolso do produtor rural
Um desses problemas é as vacas reterem placenta, a infecção uterina e um maior intervalo entre os partos, causando prejuízo na produção.
Quais medidas que devo tomar após o aborto em vacas
Após o animal sofre o aborto algumas medidas devem ser tomadas como, por exemplo:
- Desinfectar do local onde ocorreu o aborto;
- Realizar exames no rebanho de forma regular;
- Adquirir animais livres de doenças.
- Isole a vaca que abortou para impedir a propagação da doença;
- Observe as outras vacas no rebanho, para avaliar se há novos casos.
Além disso, os agentes infecciosos são uma das causas mais comum de aborto bovino.
Dicas para evitar o aborto em vacas
Enfim, não há um método para prevenir o aborto em vacas. No entanto existem algumas medidas de controle e prevenção, a dica é realizar o manejo adequado e o acompanhamento clínico de seu rebanho. Assim reduz a incidência da doença.
As ações devem ser adotadas de acordo com a eficiência reprodutiva do rebanho, exames e avaliações clínicas.
Além disso, deve se ter cuidado com a nutrição e na saúde para que o animal tenha acesso a uma boa alimentação, vacinação e higiene.
Por isso, é importante que a fêmea, antes da estação de monta, realize exames ginecológicos, através da palpação retal. Dessa forma é possível saber se a saúde do animal está em dia e se há condições para levar a gestação adiante.
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