Plantas abortivas para bovinos: quais são e como evitá-las na sua propriedade?

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Conheça algumas plantas abortivas para bovinos!

Animais criado a pasto possuem mais facilidade de se movimentar e por isso correm o risco de ingerir plantas tóxicas que podem causar aborto e até mesmo  levar a óbito. No Brasil, casos de intoxicação por plantas são muito comuns e está em terceiro lugar  entre as principais causas de morte em bovinos, perdendo para casos de raiva e  botulismo. 

A importância econômica das intoxicações se dá devido a diminuição da produção, além dos custos com medicamentos e controle. As principais causas relacionadas às intoxicações se dão pela palatabilidade das plantas, a fome e a sede, fácil acesso a plantas tóxicas, período de ingestão, resistência e suscetibilidade dos animais às intoxicações e também o desconhecimento da planta. 

Veja abaixo algumas  plantas abortivas para bovinos e como evitar esse problema no seu rebanho. Acompanhe!

4 Plantas abortivas para bovinos

Se você quer evitar prejuízos na sua propriedade, veja as principais plantas abortivas  para o rebanho: 

1. Cipó-preto, Cipó-ruão, Cipó-vermelho (Tetrapterys multiglandulosa spp.)

O Tetrapterys multiglandulosa, conhecido popularmente como cipó-preto, cipó-ruão  e cipó-vermelho, está presente em todos os estados da região Sudeste, predominante em época de seca. Seus brotos apresentam boa palatabilidade e por isso o animal acaba consumindo. 

Os principais sinais clínicos de intoxicação são: Edema de barbela e na região esternal, jugular com pulso positivo, relutância do animal em andar, emagrecimento progressivo, fezes ressequidas e também aborto. 

2.  Funcho-selvagem, cicuta (Conium maculatum)

Conhecido como funcho-selvagem e cicuta, o Conium maculatum, da família das Umbelliferae, é uma planta perene com 180 cm de altura, caule oco, coberto de manchas púrpuras. Suas folhas pinatipartidas se assemelham à salsa.

É uma planta muito encontrada na região de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além disso, o principal composto tóxico presente são as coniína e coniceína, alcalóides voláteis que provocam sintomas como:

  • Dificuldade de deglutição e regurgitação do conteúdo ruminal
  • Incoordenação e dificuldade de locomoção
  • Tremores musculares
  • Prolapso da terceira pálpebra
  • Dificuldade respiratória
  • Salivação
  • Eructação intensa
  • Movimento de pedalagem
  • Abortos e nascimentos de bezerros com defeitos teratogênicos
Planilha de Gado

3. Barbatimão (Stryphnodendron coriaceum

Espécies de Stryphnodendron spp. são responsáveis por causar problemas digestivos, fotossensiilização em bovinos e aborto. O Barbatimão (Stryphnodendron coriaceum) é uma planta bastante tóxica, encontrada em regiões como Piauí, Maranhão, Tocantins, Goiás, Ceará e Bahia.

A intoxicação acontece principalmente pela ingestão das favas e os principais sintomas são: apatia, ressecamento do focinho, anorexia, parada da ruminação, atonia ruminal, tremores musculares, lacrimejamento e em alguns casos diarreia, causando a morte a partir do 8° dia. 

No caso de animais que sobrevivem por mais tempo podem sofrer abortos. Os bovinos ingerem as favas quando estão com fome, durante a época da seca.

4. Orelha de macaco (Enterolobium timbouva)

Espécies como Orelha de macaco (Enterolobium timbouva), também são descritas como tóxicas  para bovinos, causando sinais digestivos, fotossensibilização e abortos, e é encontra em Pernambuco, São Paulo, Goiás, Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. 

Dessa forma a intoxicação acontece pela ingestão dos frutos que caem ou que se encontram na parte mais baixa, ao alcance dos animais. O período de frutificação acontece nos meses de agosto a novembro. 

Quais os tratamentos para intoxicação por plantas abortivas para bovinos?

Para realizar o tratamento para intoxicação por plantas abortivas para bovinos, é preciso saber que ele se restringe a um pequeno grupo,  e que não existe um tratamento adequado e específico, não recomenda-se realizar queimadas, ou roçar os locais, pois pode favorecer a rebrota e potencializa a capacidade de intoxicar os animais. 

No entanto, recomenda-se realizar medidas preventivas, evitando ao máximo que os animais passem fome, o que leve o rebanho a consumir as plantas como sobrevivência. Também é importante cercar a área onde existem as plantas. 

Enfim, algumas plantas podem ser tóxica para bovinos são responsáveis por causar inúmeros problemas digestivos, de locomoção e podem até mesmo causar aborto e levar o animal a óbito. Conhecer as plantas tóxicas e afastá-las do rebanho é o principal ponto para combater intoxicação em bovinos, já que as medidas profiláticas restringem apenas para um pequeno grupo. 

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