Você já ouviu falar em meliponicultura? É a criação de abelhas nativas do Brasil e que possuem a presença de um ferrão atrofiado.
No país a cerca de 250 espécies de abelhas que pertencem a tribo Meliponini e algumas delas são criadas para a produção de mel que tem sido cada vem mais valorizado na gastronomia.
Além disso elas tem um papel fundamental na polinização de plantas e ajuda a aumentar a produtividade agrícola.
Por não terem ferrão, elas se defendem através de mordidas com suas mandíbulas e tentam penetrar nos ouvidos e nariz, emaranhando-se nos cabelos ou até mesmo depositando própolis sobre os agressores.
Entre as espécies mais comuns estão: jataí, Uruçú, Mandaçaia, Iraí, Irapuá, entre outras.
Ficou interessado em cultivar esses tipos de abelhas? Veja mais sobre a esse tipo de criação ee se é uma produção viável. Confira!
O que preciso ter para começar a desenvolver a meliponicultura?
As abelhas em geral se nidificam em lugares ocos como troncos de arvores, mas também podem ficar em cavidades naturais como em barrancos, no solo, espaços vazios, muros, paredes de casa e até ninhos abandonados de formigas e cupins.
Para a construção de cera, resina, barro e cerume. Alguns criadores da espécie adaptam esses espaços com colmeias artificiais feitas de caixas de madeira. Cabe salientar que o modelo escolhido deve considerar a biologia das abelhas.
Meliponário
O Meliponário é o local onde são instaladas as colmeias das abelhas sem ferrão. E para que o seu meliponário tenha sucesso no fortalecimento das colmeias, algumas condições devem ser consideradas no local como:
- Ambientes com florada, com plantas que forneçam o pólen e néctar a maior parte do ano;
- A água também é bastante importante para um bom desenvolvimento da colmeia, por isso tenha uma fonte de água a no máximo 100 metros de distância;
- Os lugares não devem ter incidência de ventos fortes, pois eles dificultam o voo das abelhas fazendo com que elas gastem mais energia para se locomover até a fonte de alimento;
- O local deve ser sombreado para evitar que o sol aqueça a começa, as caixas protegidas por algum tipo de cobertura;
- O meliponário deve ser de fácil acesso, para facilitar o manejo das colmeias pelo meliponicultor.
Quais as espécies utilizadas na meliponicultura?
As meliponini aso divididas em dois grupos. Algumas delas são bem agressivas como a Caga-Fogo que durante o seu manejo, libera uma substância ácida que queima a pele. A outras do gênero Melipona que não apresenta a célula real. Dessa formal as células de cria possuem o mesmo tamanho e contém volume similar de alimento larval.
Sendo assim, cerca de 25% das crias femininas de um favo podem nascer como rainhas, que produzem em torno de 8 litros de mel.
Afinal, a meliponicultura é viável?
A meliponicultura é uma cultura bastante viável dado ao alto valor agregado do mel e de fácil manejo. Os estudos sobre abelhas nativas dão visibilidades ao nicho que apresenta um potencial econômico para os pequenos produtores.
Um dos principais diferenciais dessa cultura é que o manejo é mais fácil e não oferece risco de acidentes como ocorre com as abelhas africanas. Sendo assim, fica muito mais fácil cultivá-las em quintais ou jardins.
Além disso, o recuso para a criação de abelhas sem ferrão são mais simples. Por exemplo, 200 colmeias podem ficar em um único local.
Produtos variáveis
Dessa forma, além da produção do mel, também é possível obter variados como pólen, e cera. Os meliponicultores podem também lucrar com o aluguel de colmeias para polinizar pomares.
Os potenciais da criação
Outras vantagens para a criação das abelhas é que há vária espécies sem ferrão em diversas regiões no país, o que permite que a produção seja feita em todo o território nacional.
Além disso, o mel produzido pelas abelhas nativas tem um alto valor de mercado, que chega a ser 10 vezes mais que o mel tradicional.
Outro ponto importante é que a meliponicultura é uma atividade sustentável que ajuda a preservar espécies vegetais e também no equilíbrio biológico dos biomas.
Desafios
Um dos principais desafios da meliponicultura é que a atividade ainda não tem todo o seu potencial explorado. No entanto, esse cenário vem mudando, pois há muitos estudos em busca de melhoras formas de manejo e na gestão dos meliponários.
Além disso, outro desafio da produção é o tamanho reduzido das colônias e a quantidade de mel produzido, o que é compensado pelo valor agregado do mel.
Conclusão
Enfim, para começar a criar as melíponas é importante ter contato com produtores já experientes, com a finalidade de buscar mais informações para saber como iniciar o seu meliponário.
Por isso, faça um levantamento das espécies de abelha e as plantas utilizadas por ela na região. Também é importante que você tenha um objetivo da sua criação, será para comercialização, pesquisa, polinização, lazer, entre outros.
Então, após todos esses tópicos definidos, você viu o quanto investir em meliponicultura pode ser viável e o quanto ela é importante para o meio ambiente.