A intoxicação em bovinos de corte pelo uso de ureia é muito comum e pode ocorre de diversas formas, em principal pela alimentação.
Por isso, esse tipo de intoxicação surge em animais que não estão adaptados ou com a oferta inadequada.
A ureia é muito comum na alimentação o rebanho, pois é uma fonte proteica de baixo custo. No entanto cabe salienta que exige alguns cuidados durante a oferta.
A intoxicação ocorre por conta da amônia, formanda pelo processo de fermentação ruminal. Outros fatores como baixo teor de carboidratos digestíveis e forragem de má qualidade, também contribuem para a intoxicação.
Neste artigo você irá conhecer o que é a ureia, como ocorre a intoxicação, quais os sinais característicos do uso da ureia, como agir em caso de intoxicação e quais os tratamentos utilizados neste caso. Então continue a leitura!
O que é uréia para ruminantes?
A ureia ingerida, é degradada no rúmen pelas bactérias e transformada em amônia (forma tóxica), amônio e energia.
Dessa forma, o amônio (NH4) são convertidos em proteínas bacteriana e a amônia (NH3) é absorvido e atinge a corrente sanguínea, onde é metabolizado pelo fígado, convertido em músculo e excretado na forma de amônio pela urina e fezes.
A ureia proporciona inúmeros benefícios, mas seu uso requer atenção, pela sua alta toxicidade. Portanto, nos períodos chuvosos, essa atenção deve ser dobrada. A alimentação com ureia exposto ao acúmulo de água no cocho pode causar grave intoxicação e levar o animal a óbito.
+Saiba mais sobre como usar a Ureia na alimentação de bovinos
Como acontece a intoxicação de ureia em bovinos?
A intoxicação acontece por duas causas, a primeira quando o animal consome a ureia, que está com água em excesso no cocho.
No segundo caso, quando ocorre a alta ingestão da ureia. Conforme recomendado pela Embrapa indica-se uma quantidade de 49 gramas de ureia para cada 100 quilos do peso do animal.
Quando há ingestão excessiva, por exemplo, a bactéria do rúmen não consegue converter a ureia em proteína bacteriana, deixa grande parte do NH3 livre no rúmen e assim ocorre a absorção de forma rápida por ser lipossolúvel, pela corrente sanguínea, intoxicando o animal.
Sinais característicos da intoxicação por uréia em bovinos
A intoxicação por ureia em bovinos de corte, apresenta sinais que possuem um intervalo que varia entre 30 minutos ou uma hora após a ingestão da ureia. Por isso que o responsável pelo manejo do rebanho deve saber identificar sinais como:
- Convulsões;
- Espasmos violentos;
- Respiração rápida;
- Tremores musculares;
- Transpiração abundante;
- Animais contraindo a orelha.
Além disso, o tratador deve conhecer o manejo nutricional do rebanho para prevenir problemas futuros.
Todos os sintomas são de origem nervosa, pois o NH3 depositado em grande quantidade no cérebro. O animal intoxicado apresentará sialorreia, que é a não deglutição da saliva devido a uma paralisia da faringe. Todos esses sinais podem evoluir para morte do animal.
Como agir em casos de intoxicação por ureia em bovinos
Tendo em vista o quadro clínico de uma intoxicação por ureia, é fundamental agir de forma rápida para evitar a morte do animal.
Uma ação bem simples é oferecer água gelada em grande quantidade aos animais, cerca de 20 a 40 litros de água por animal. Essa prática ajuda a diminuir a temperatura do rúmen e a ação da urease.
Esses efeitos garantem que o animal tenha melhores condições de saúde quando atendido por um veterinário.
Tratamento de intoxicação por ureia em bovinos
Uma opção para o tratamento é o uso de vinagre. Ao iniciar o fornecimento de ureia, separe o vinagre, o ácido acético também pode ser utilizado.
Esse tratamento tem como objetivo reduzir o pH ruminal e fazer com que o organismo absorva mais amônia. Com o vinagre é considera um ácido fraco, ele é o mais indicado para esse tratamento.
Então o indicado é que se ofereça de 4 a 6 litros de vinagre, de acordo om a gravidade dos sintomas, a cada três horas.
Dicas para o uso correto da uréia
Agora que você já sabe como tratar casos de intoxicação por ureia, veja como usar esse suplemento de forma correta:
Cabe salientar que o uso da ureia , o nitrogênio da substância não pode ultrapassar de 33 % do nitrogênio total da dieta;
Em caso de animais alimentados com concentrados, o ideal é que a ureia não ultrapasse de 3% da mistura, ela deve ser de forma homogênea ministrada no alimento concentrado para que o animal faça a ingestão regular.
O fornecimento ideal é que seja feito ao menos duas vezes ao dia, e que o controle do consumo seja bem rigoroso. Ela pode ser misturada a cana-de-açúcar e as palhadas.
O cocho deve ser coberto, com inclinação e furos nos extremos inferior, para evitar o acúmulo de água.
Evite fornecer alimentos para animais famintos ou em jejum, para que eles não consumam o produto de uma só vez.
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