O estresse térmico em gado de corte, é comum em animais confinados, em destaque os países tropicais como o Brasil e a Austrália, que passam por ondas de calor e ocasionam muitas perdas para a indústria nos últimos tempos.
Os animais para se manterem com saúde, precisam manter a sua temperatura corporal dentro de uma faixa ótima de temperatura.
Associadas ao:
- alto teor de umidade do ar;
- radiação solar;
- velocidade do vento.
O animal a começa a acumular calor em fortes ondas quentes e a quantidade de calor metabólico, o animal pode chegar a hipertermia, que é quando a temperatura corporal passa dos 40°C.
Neste artigo, você irá saber como os animais regulam a temperatura corporal interna, como o estresse térmico afeta o rebanho.
Além disso, veja quais ferramentas utilizadas para aferir a temperatura e as medidas para diminuir o efeito do estresse térmico em bovinos de corte. Então, continue a leitura.
Os bovinos regulam a temperatura corporal interna
Os bovinos regulam a temperatura do corpo pelo balanço entre o calor metabólico produzido e o calor dissipado para o meio ambiente.
Além disso, o aumento da temperatura corporal resulta em estresse térmico, que é quando a temperatura do ambiente eleva a temperatura do corpo, acima do limite de equilíbrio.
Assim, o animal ativa uma série de mecanismos fisiológicos para manter sua temperatura interna para os níveis adequados.
Então veja abaixo como o estresse térmico em bovinos de corte, pode afetar na produtividade do rebanho.
O estresse térmico afeta a produtividade dos bovinos de corte
Conforme a literatura, quando os animais se encontram em temperatura ambiente, entre 25 e 35ºC, pode ocorrer uma redução da matéria seca de 3 a 5%.
Quando essa temperatura excede dos 30°C, há um aumento da frequência respiratória e da respiração pela boca, e por conseguinte elevar a manutençãp
Assim, o estresse térmico leva a redução de consumo, e também o aumento da energia de manutenção. Esse efeito negativo, afeta também na redução do ganho de peso.
Além disso, o estresse térmico afeta a redução da imunidade animal e na liberação do cortisol, que é um hormônio imunossupressor e impacta na saúde e no desempenho dos animais.
O Estresse térmico dos animais também afeta na incidência de acidose ruminal, pois ocorre o aumento da perda de CO2 devido a respiração e a redução do fluxo tampão para o rúmen, pois ficam menos tempo deitado e menor ruminação.
Dessa forma, a produção de leite é também afetada pelo estresse térmico, e na fertilidade das vacas em meses mais quentes, estima-se que esse prejuízo pode alcançar em mais de U$800 milhões por ano.
Como identificar o estresse térmico em gado de corte
Para identificar o estresse térmico em bovino de corte é necessário o uso de ferramentas capazes de monitorar os efeitos do estresse térmico dos animais em confinamento. Então veja abaixo algumas ferramentas utilizadas:
Panting Score
É um método utilizado no Brasil que avalia a taxa de respiração dos animais sob estresse térmico. Dessa forma,usa-se uma escala de referência que vai de zero, uma condição de conforto à 5 sendo uma condição de extremo desconforto.
Heat Load Index (HLI)
Também é uma ferramenta que auxilia a identificar o estresse térmico, conhecida como Índice de Carga de Calor. Calcula-se com base nas informações de estações meteorológicas como por exemplo:
- Temperatura
- Umidade
- Pressão
- Velocidade do vento
- Chuva
Esses fatores associam-se aos dados de cada tipo de animal
- Sexo
- Raça
- Idade
- Cor da pele
E também quanto aos parâmetros estruturas dos lotes
- Quantidade de lama
- Sombra
- Tempo de confinamento
a sua implantação está em estudo nas propriedades brasileiras. Altas cargas de calor corporal, podem ocorrer quando uma combinação de condições ambientais locais e fatores animais. Pois excedem a capacidade do animal de dissipar o calor corporal.
Com a aplicação da ferramenta, é possível promover ajustes nutricionais e de manejo, evitando perdas de desempenho e problemas sanitários.
Como evitar a ocorrência de estresse térmico em gado de corte
Para reduzir a carga de calor do animal deve se ter uma abordagem de manejo como estratégias de alimentação, dietas e melhoria das instalações. Entre as medidas estão:
- Uso de sombras para reduzir a exposição à radiação solar direta, uma simples instalação pode reduzir a carca de calor em no mínimo 30%. Dessa forma reduz a taxa de morte dos animais, melhorar o ganho de peso dos animais, a eficiência alimentar e o ganho de carcaça.
- A inclusão de gordura na formulação da dieta, minimiza os efeitos negativos da carga de calor.
Conclusão
Enfim, a preocupação com o bem-estar animal e o conforto ambiental estão cada vez maiores nos sistemas de produção.
Por isso o uso de ferramentas como o panting score, são importantes para auxiliar os confinamentos. Além disso também pode quantificar o risco das ondas de calor e estratégia de redução do estresse e seus efeitos negativos na produtividade.
Com a Tecbov, você pode ter uma gestão mais eficiente do seu rebanho, fazer a identificação, o manejo sanitário entre outras funções.
Também é uma ferramenta que você consegue monitorar a saúde do seu rebanho e se houve alguma alteração ocasionada pelo estresse térmico. Para mais informações entre em contato conosco.