Efeitos do Estresse térmico para bovinos de corte
Os bovinos são animais que regulam a temperatura do corpo através do equilíbrio entre a quantidade de calor produzido e o dissipado para o meio ambiente.
Quando há um aumento da temperatura do ambiente, por conseguinte há um aumento do calor corporal ocorrendo o estresse térmico.
O calor ocasiona em perdas substanciais para a indústria de confinamento. Para uma condição saudável o animal precisa manter sua temperatura corporal dentro de um faixa ótima.
Se há um aumento dessa temperatura, acima de 40°C, o animal pode chegar à morte por hipertermia.
Frente ao estresse, o animal estimula uma série de mecanismos fisiológicos a fim de manter sua temperatura interna em níveis adequados.
Dessa forma, reduzem sua atividade física, aumentam a frequência respiratória e reduzem a ingestão de alimentos em até 30%.
O padrão alimentar é alterado, aumentando a escolha por alimentos concentrados durante o dia, e deixando para pastejar durante a noite, onde a temperatura ambiente é mais amena.
Também pode causar diminuição na taxa de imunidade do animal, aumentando a taxa de cortisol, que é um hormônio imunodepressor.
No entanto, há casos de acidose ruminal, devido a perda de dióxido de carbono pela respiração, logo também diminuirá a ruminação.
Por conseguinte, uma redução na digestibilidade da fibra graças à menor atividade das bactérias fibrolíticas. Além disso, pode comprometer a produtividade e a reprodução dos rebanhos.
Como identificar o estresse térmico no rebanho?
Há algumas ferramentas que monitoram os efeitos do estresse térmico em animais como:
Panting score:
Em suma, é uma metodologia utilizada em outros países em que se avalia a taxa de respiração dos animais. A escala de referência vai de 0 à 4.5, sendo zero uma condição de conforto onde o animal não está ofegante.
Quando a escala atinge 4.5, que indica o extremo desconforto, o bovino fica com a cabeça para baixo, respiração forçada e os flancos ficam se agitando com alta frequência.
Heat Load Indez (HLI)
É uma estatística que monitora o índice de carga de calor. É calculado relacionando:
- As condições climáticas (temperatura, umidade, pressão, precipitação, etc.);
- Os dados de cada tipo de animal (sexo, raça, categoria e cor da pele);
- Os parâmetros estruturais dos lotes (quantidade de lama, sombra, tempo de confinamento, etc.).
Como impedir a ocorrência de estresse térmico?
- O sombreamento é uma das estratégias mais utilizadas, pois reduz a exposição à radiação solar direta. É indicado que a sombra deve ser ofertada e atenda às necessidades de todos os animais ao mesmo tempo a qualquer hora do dia. Este pode oferecer-se de forma artificial ou natural.
Sistemas que integram a agricultura, a pecuária e a silvicultura, conhecido com ILPF, têm despertado interesse pelos produtores.
Combinam a eficiência econômica dos recursos naturais, agroecológico e equilíbrio do ecossistema.
- A inclusão de gordura na dieta é capaz de reduzir a temperatura corporal dos animais.
Contudo, os lipídeos não são utilizados pelos microrganismos do rúmen como fonte de energia.
No entanto, o seu excesso na dieta pode causar distúrbios metabólicos e redução na ingestão de MS seca.
Neste artigo, você conheceu sobre o efeito de altas temperaturas causam na criação de gado. como resultado, o estresse térmico acarreta em vários problemas como perda no ganho de peso, no sistema imunológico, entre outros problemas.
Também viu sobre como controlar o estresse térmico utilizando algumas ferramentas, e como impedir que aconteça, utilizando o sombreamento artificial ou natural e uma dieta rica com lipídeos.
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