A curva de lactação é importante para avaliar a produção de leite da sua propriedade. Através dessa informação você faz o controle da produção de cada animal e assim estimar de forma segura a produtividade do seu rebanho.
Na pecuária leiteira, a produção de leite é a característica de maior importância economia e é fundamental avaliar essa informação para promover a melhora genética do seu rebanho.
Neste artigo você irá conhecer sobre essa representação gráfica e como saber se o seu rebanho está sendo reprodutivo. Então, se voê quer conhecer mais sobre esse índice, continue a leitura!
Controle Leiteiro: Registro de produção animal
É denominado um registro de produção de cada animal, que permite ao produtor uma estimativa segura da produtividade do rebanho e selecionar os melhores animais e descartar os animais de menor interesse.
Esse controle deve ser realizado em um intervalo de 15 a 45 dias, para que o produtor crie a curva de lactação.
Classificação da curva de lactação
A curva de lactação é uma representação gráfica da variação da produção de leite diária de uma fêmea em relação a duração da lactação, e tem como finalidade estimar a produção de leite em qualquer período.
Saber analisar a curva de lactação é uma oportunidade de identificar os gargalos na sua propriedade, ou seja, os obstáculos que limitam o desempenho das vacas. Ela é composta por três fases:
1) Fase Crescente da curva de lactação (35 dias após o parto)
Essa fase da curva de lactação inicia-se coma produção de leite com o colostro, com crescimento gradativo.
2) Fase de Pico da curva de lactação
É a produção máxima alcançada na lactação. Esse período varia conforme a raça dos animais.
Além disso, deve-se levar e consideração que nem todas as vacas ou grupo de animais apresentam a mesma fase de pico. Alguns estudos relatam que em vacas holandesas, o pico de produção ocorreu aproximadamente 38 dias após o parto.
No entanto, algumas vacas zebuínas esse pico pode aparecer logo no primeiro dia de lactação, como ausência da fase de inclinação do parto ao pico.
3) Fase de declínio
Em geral ocorre no final da lactação, até a secagem completa aos 305 dias de lactação
Uma lactação comum, apresenta uma fase crescente, o pico de lactação, com a máxima produção e após atingir o seu pico, até o final da lactação ocorre a persistência da lactação.
O que é persistência na curva de lactação?
A persistência consiste na capacidade da fêmea em manter os níveis constantes de produção até o final da lactação. Outra definição para persistência é o número de dias em que um nível constante de produção de leite é mantido.
Por exemplo, se uma vaca tem uma persistência de 80%, significa que no mês seguinte, esse animal produzirá 80% do leite que ela produziu no mês anterior.
Além disso, uma vaca com lactação mais persistente em relação a outra, terá uma produção equivalente, um pico mais baixo, e por consequência, um formato de curva de lactação mais achatado. Assim terá uma distribuição mais equilibrada da produção de leite.
Vacas com curvas de lactação mais plana, estão sujeitas a menor estresse fisiológico, pois não há uma produção eleva no pico de lactação, diminuindo a incidência de problemas reprodutivos e de doenças metabólicas.
Vacas primíparas tem um menor pico de produção, sendo uma curva de lactação mais plana. Ou seja, a produção possui menores variações e são mais persistentes. Por ser animais em fase de crescimento, a demanda nutricional é diferente de uma vaca adulta.
Além disso, a persistência afeta a longevidade dos animais, para adiar o tempo médio para o descarte voluntário.
Quais fatores interferem na curva de lactação?
Quando se consegue mapear a curva da lactação, é possível traçar comparações entre grupos distintos de animais como idades, raças, entre outros. Além de conhecer o comportamento do animal, a curva de lactação permite manejar a alimentação de forma adequada.
Cabe salientar que além dos fatores genéticos, outros fatores interferem na curva de lactação, como, por exemplo:
- Clima
- Luminosidade
- Umidade
- Qualidade e quantidade de alimentos
- Manejo do rebanho
Desordens e doenças no pós parto também influencia nas curvas de lactação. Problemas como:
- Retenção de placenta
- Hipocalcemia
- Cetose
- Doenças metabólicas
Impactam de forma negativa na produção de leite.
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A nutrição impacta na curva de lactação
Para cada ponto da curva de lactação pode se realizar estratégias nutricionais específicas para cada fisiologia vaca. Essas estratégias tem como finalidade otimizar o pico de lactação, melhorando a qualidade e o balanceamento da dieta.
Para uma boa produção de leite, as vacas precisam ter uma alimentação adequada. Por isso forneça aos animais alimentos volumosos de qualidade, além de suplementos com concentrados, como por exemplo o sal mineral e a montesina que ajuda na produção e protege o organismo contra doenças;
Se a vaca é ordenha três vezes ao dia, é preciso oferecer 5% a mais de matéria seca por dia. Além disso, sempre deixe o cocho com alimentos após a ordenha e forneça água de qualidade nos bebedouros.
Conclusão
Enfim, neste artigo você conheceu sobre a curva de lactação e a sua importância para a produção de leite. Realizando os registros é possível elaborar uma estratégia de manejo adequada para cada animal, de acordo com a raça, idade e categoria do animal.
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