Coprodutos para bovinos de corte
Na criação de bovinos de corte, a alimentação representa cerca de 70% dos custos para o produtor. Por isso há uma procura por produto com o custo reduzido, mas que a qualidade do alimento seja mantida.
Os coprodutos são resíduos secundários gerados no processo de industrialização de produtos agrícolas e que apresentam um valor de comercialização.
São divididos de acordo com a sua origem:
- Moagem
- Produção De Amido
- Indústria De Fermentação
- Indústria Açucareira
- Processamento De Frutas E Vegetais
- Indústria De Petróleo
- Indústria De Madeira E Papel
Da mesma forma como nos alimentos utilizados a produção animal, os coprodutos seguem as mesmas classificações de volumosos e concentrados.
Um outro fator importante a ser considerado na aquisição desse tipo de produto é a opção de regionalização, pois o valor do frete impacta diretamente no valor final do produto.
No texto abaixo, veja então os 6 exemplos viáveis de coprodutos que podem ser utilizados na criação de bovinos de corte:
1) DDGS (Dried distiller’s grains with solubles)
É um coproduto obtido do milho após a produção de etanol. O uso de DDGS como suplementação alimentar tem gerado vários benefícios para os produtores no ganho de peso do animal. Reduzindo por exemplo, o custo da alimentação do animal.
Possuem altas concentrações de proteína e energia, podem atender as exigências nutricionais necessárias na alimentação animal.
2) Farelo de Canola
Oriundo da produção do biodiesel, apresenta valor nutricional e proteico elevado, no entanto deve-se ter cuidados quanto ao processamento, para que não altere o valor nutricional do produto final.
3) Torta de Caroço de Algodão
Podem ser substitutos parciais ou integrais dos volumosos. Origina-se da extração do óleo do caroço do algodão. Do processo de prensagem do caroço, também é uma alternativa viável como coproduto na alimentação animal. A moagem e a extração dos caroços podem afetar na composição e no valor nutricional.
As temperaturas interferem no desempenho animal. Dessa forma, altas temperaturas influenciam na disponibilidade e qualidade proteica e também reduz a digestibilidade dos animais. Baixas temperaturas desativam enzimas como a mirosinase.
Em comparação ao farelo de canola, apresenta no entanto, maior ganho de peso e na conversão alimentar dos animais.
4) Torta de Amendoim
Rica em proteína, com um teor proteico de mais de 40%; utilizam-se na alimentação de vacas em lactação, pois não causa alteração na constituição química do leite e não há redução na produção.
Um cuidado em relação a torta de amendoim é o cuidado com a contaminação por fungo que produzem micotoxinas. Essas por exemplo, causam nos animais problemas como carcinoma no fígado, cirrose e necrose, levando-os a morte.
5) Polpa cítrica
Em suma, é um coproduto advindo do resíduo da fabricação do suco de laranja, sendo composta por cascas, sementes e bagaços possuem um alto valor energético.
A polpa cítrica usada na alimentação de ruminantes tem a vantagem de reduzir a eliminação de resíduos para o ambiente, além de ser viável na substituição de alimentos energéticos, como o milho, e reduzir custos ao produtor
6) Bagaço de uva
Em síntese, o bagaço da uva é um abundante coproduto da indústria vitivinícola e tem destaque na alimentação de ruminantes.
Como principal característica nutricional está sua alta concentração de carboidratos fibrosos. E aproximadamente 15% de proteína bruta.
Eventualmente, os principais problemas de se utilizar o bagaço de uva, é a umidade no armazenamento e a presença de taninos que podem ser nocivos para os microrganismos do rúmen.
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