Descubra como o consórcio de pastagem pode ser uma solução vantajosa para melhorar a nutrição e o ganho de peso do seu rebanho.
A diversidade de forrageiras e a qualidade do solo no Brasil foram responsáveis para o sucesso dessa prática, que não apenas aumenta a produtividade, mas também auxilia na recuperação de áreas degradadas. Ficou interessado em implementar o consórcio de pastagem em sua propriedade? Então, continue lendo e confira informações importantes sobre essa técnica.
O que é consórcio de pastagem?
O consórcio de pastagem é uma técnica agrícola que consiste em plantar duas espécies de forrageiras juntas, uma gramínea e uma leguminosa, com o objetivo de aumentar a produtividade e o desempenho do rebanho.
Essa técnica fornece um pasto mais nutritivo, resultando em um maior ganho de peso dos animais, além de proteger a área contra erosões e aumentar a exposição do solo. No entanto, é necessário realizar um manejo adequado para evitar parasitas e garantir a qualidade esperada da pastagem consorciada.
Tipos de consórcio de pastagem
Existem diversos tipos de consórcio de pastagem que podem ser utilizados para aumentar a produtividade e a sustentabilidade da propriedade. No entanto, uma dos mais comuns é o consórcio entre uma espécie de gramínea e uma leguminosa. Que garante uma nutrição completa e baixo custo de manejo.
Segundo a Embrapa, essa técnica pode aumentar em até 30% a produção animal. Além disso, há outros sistemas, como o Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), que permite a produção de diferentes culturas e gado em um único local, e o sistema silvipastoril, que inclui árvores para fornecer sombra e um ambiente mais confortável aos bovinos.
É importante considerar não apenas a produtividade, mas também a sustentabilidade e o bem-estar animal ao escolher o tipo de consórcio de pastagem para sua propriedade.
Quais as espécies de gramíneas e leguminosas são mais utilizadas nos consórcio de pastagem?
Veja neste artigo quais as espécies de gramíneas e leguminosas são as mais utilizadas nos consórcios de pastagem:
Espécies de leguminosas recomendadas para consórcio de pastagem
As leguminosas são fontes importantes de proteína, cálcio e fósforo em qualquer época do ano, além de terem baixo custo de manejo. Segundo a Embrapa, quando consorciadas com gramíneas, aumentam em até 30% a produção animal. Algumas sugestões de espécies de leguminosas recomendadas pela Embrapa são, por exemplo:
- Amendoim forrageiro: tem alto valor nutritivo e boa cobertura de vegetação no solo, mas baixa tolerância à seca. É uma boa opção para consórcio com gramíneas.
- Estilosantes Campo-grande (Stylosanthes spp): ideal para propriedades com solo ácido e baixa fertilidade, tem boa persistência garantida por sua alta capacidade de semeadura natural. Combina bem com brachiaria decumbens, capim-andropogon e capim-colonião.
- Cultivar Estilosantes Mineirão: tem boa produção mesmo em épocas de seca e combina bem com gramíneas como capim-andropogon, brachiaria ruziziensis e brachiaria decumbens. Consórcios com essa espécie têm resultados de ganhos de peso em bovinos de corte de 30% a 50% quando comparados com pastagens de apenas uma espécie.
Espécies de gramíneas recomendadas para consórcio de pastagem
As gramíneas também são importantes no consórcio de pastagem, com capacidade de adaptação a diferentes solos e resistência a condições adversas. Algumas sugestões de espécies de gramíneas recomendadas pela Embrapa são:
- Braquiária: bem tolerante à seca e com mais de 100 variações, a braquiária decumbens, muito utilizada em consórcios com leguminosas.
- Capim-elefante: com alta produtividade e recebido pelos animais, é uma boa opção para quem trabalha com vacas de cria ou gado leiteiro.
- Mombaça: indicado para solos com alta fertilidade e resistência a cigarrinhas na pastagem,muito usado na recuperação de pasto degradado e está entre as espécies indicadas para o sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).
Enfim, a escolha das espécies para o consórcio de pastagem deve levar em conta as características do solo e das condições climáticas da região, além das necessidades nutricionais dos animais. É importante consultar especialistas e estudar as opções disponíveis para garantir um consórcio eficiente e produtivo.
Se você é produtor rural ou tem interesse na área, não deixe de investir nessa prática e buscar informações sobre as espécies mais adequadas para sua região e tipo de produção. Compartilhe essa informação com outros produtores e ajude a promover uma pecuária mais sustentável e eficiente.