Como usar a Uréia na Alimentação de ruminantes?

Como usar a Uréia na Alimentação de ruminantes

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Como usar a Uréia na Alimentação de ruminantes?

A ureia se destaca como uma fonte de nitrogênio não proteico, apesar da sua baixa aceitabilidade.

Quando ingerida é hidrolisada em amônia, que é utilizada pelos microrganismos presentes no rúmen para realizar a síntese de suas próprias proteínas.

O rúmen necessita de pelo menos 1% de nitrogênio. Em sistemas extensivos, essa necessidade nutricional é suprida com o consumo de pastagens consorciadas ou de gramíneas mais nobres, especialmente nas épocas mais favoráveis do ano.

No período de seca, as pastagens não atendem essas exigências e podem ser supridas com ureia artificial, uma vez que nessa situação, as forrageiras apresentam baixas taxas de crescimento e baixos níveis proteicos.

Nessa condição, o fornecimento de ureia visa suprir uma deficiência proteica da dieta, resultando em uma melhor eficiência no desempenho dos animais.

Em sistemas de produção intensiva, em que as necessidades nutricionais são plenamente atendidas, a ureia pode ser utilizada como fator de economia.

Podem ser fornecidas em diferentes sistemas de alimentação, como por exemplo, associada ao sal mineral, em misturas múltiplas, com cana-de-açúcar, capim picado, silagem, concentrados e outros.


Vantagens da utilização de ureia na alimentação de ruminantes:

  • É um produto simples e acessível a qualquer produtor;
  • É uma fonte de nitrogênio de baixo custo;
  • Reduz perdas de peso nos animais no período seco.

Planilha de Gado

Como fornecer ureia com segurança?

Segue abaixo uma lista do que deve ser feito para que a ureia seja fornecida com segurança aos ruminantes:

1) Introduza a ureia gradativamente, permitindo a adaptação dos microrganismos a doses crescentes de ureia.

Esse período de adaptação deve ser de uma semana pelo menos, podendo se estender por até dois meses. Durante esse período, a concentração de ureia não deve passar da metade daquela prevista para o período de uso normal.

2) Após o período de adaptação, limite o fornecimento de ureia ao máximo de 30 g/100 kg de peso do animal/dia.
3) Fracione a dose em várias refeições (tratos) e, se isso não for possível, dê preferência por misturar a ureia com um volumoso deixado à vontade dos animais no cocho.

4) Evite introduzir ureia em lotes de animais famintos. Se um lote vem submetido a um período prolongado de jejum, aguarde alguns dias suplementando somente o volumoso.
5) A ureia também pode ser fornecida misturada ao concentrado ou junto ao sal mineral. 

6) Para facilitar a mistura da ureia no volumoso, faça uma diluição dela em água, empregando quatro litros de água para cada 1 kg de ureia. 

7) Ao invés de ureia pura, utilize uma mistura de ureia com sulfato de amônio, na razão de 9:1. 

8) Procure fornecer também um concentrado energético, irá estimular a proliferação microbiana.
9) A proteína verdadeira, obviamente, é de melhor qualidade nutricional que a ureia. 

 10) Apesar das regras gerais acima expostas, não há uma “receita” única para o fornecimento de ureia aos ruminantes. 

 
Intoxicação por ureia

A intoxicação surge quando o animal ingere uma quantidade excessiva de ureia, ou quando não há a devida adaptação da flora microbiana ao uso da quantidade de ureia adicionada na dieta.

Uma outra causa de intoxicação é a presença de água no cocho. A ureia tem alta higroscopicidade (capacidade de reter umidade) e o produto molhada deve ser descartado para que não seja ingerido pelos animais.

O animal intoxicado apresenta sinais clínicos como:

  • Tremores musculares,
  • Salivação intensa,
  • Ofegação,
  • Timpanismo,
  • Apatia,
  • Ataxia (incoordenação motora e desequilíbrio) e
  • Sudoração.

Em casos graves, o animal fica prostrado, com as extremidades estendidas, tem convulsões e taquicardia, e pode morrer.

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