Classificação de Carboidratos par aos Ruminantes
O rúmen é composto por vários tipos de microrganismos, e para que eles possam se estabelecer, o hospedeiro precisa oferecer condições favoráveis de: pH, temperatura, anaerobiose, substrato e taxa de passagem do alimento pelo trato digestório.
Primeiramente, é necessário dizer a fermentação ruminal é responsável por converter os componentes estruturais das plantas, de forma que possam ser utilizadas pelos animais. O tipo de alimento influencia diretamente no desenvolvimento da microbiota ruminal.
Os carboidratos então é um dos maiores grupos dos compostos orgânico, e junto com a proteína formam as principais fontes de alimento. Podem ser encontrados nos vegetais, compõe os tecidos das plantas, compreendem de 60% a 70% da ração de ruminantes, pois a base da alimentação desses animais são plantas forrageiras.
Podem classificar-se de diversas formas: pela unidade de monômero, pela função que exercem no tecido da planta, categorizados em: carboidratos estruturais e não estruturais; ou conforme o seu valor nutricional, que os classifica em: carboidratos fibrosos e não fibrosos.
Carboidratos Estruturais e Não Estruturais
Carboidratos não estruturais
São mais resistentes as enzimas digestivas de mamíferos, e rapidamente fermentados pelos microrganismos do rúmen. No entanto, quando ocorre uma grande produção de ácido graxo, ocorre abaixamento do pH ruminal, não permitindo um melhor aproveitamento da dieta.
O amido é um dos principais carboidratos não estruturais, é encontrado na maioria dos alimentos, e tem como principal característica a alta taxa de fermentação e produção de ácido lático como subproduto.
Tem como consequência a redução do pH ruminal. Por isso, para melhor digestibilidade ruminal, é ideal que haja o processamento do grão, em processos como:
- Moagem
- Laminação
- Floculação
Quando o amido passa por essa quebra, melhora a digestibilidade em até 44%
Carboidratos estruturais
Tem a função de reserva e translocação de energia e síntese de outros produtos. Fazem parte da parede celular e estrutural das plantas e também são a principal fonte de energia na dieta dos ruminantes.
Os carboidratos estruturais representam-se principalmente pela pectina, hemicelulose e celulose, que são normalmente os mais importantes na determinação da qualidade nutritiva das forragens.
Carboidratos não fibrosos
São armazenados e servem como reserva energética. Estão presentes em maior quantidade nas plantas forrageiras, sendo o principal componente da dieta dos ruminantes. Em síntese, tem como finalidade fornecer energia para microrganismos ruminais.
Os seus açúcares são fermentados rapidamente degradados por completo no rúmen pelos microrganismos. Sendo então convertidos em:
- Ácidos Graxos voláteis
- Lactato
A glicose pertence ao grupo dos carboidratos não fibrosos. Em suma, são compostos energéticos da alimentação dos ruminantes como a sacarose da cana-de-açúcar e o amido dos grãos de cereais, tubérculos e raízes.
A sacarose é o açúcar de maior interesse nutricional, encontrado na cana-de-açúcar, e é a principal fonte dos carboidratos nos países tropicais
Carboidratos fibrosos
Constituem a parede celular e são responsáveis por darem sustentação ao vegetal. Fornecem energia não só para os microrganismos como também para o animal. Desse modo, sua principal função é manter a saúde do rúmen e otimizar o consumo de alimentos.
Um exemplo de carboidrato fibroso é a fibra, que tem como função:
- Estimular a ruminação e produção de saliva.
- É rica em agentes tamponantes que neutralizam os ácidos graxos voláteis e o lactato produzidos durante a fermentação ruminal.
- Também influencia as funções metabólicas e fisiológicas dos animais, como: excreção, capacidade de hidratação, volume, pH e fermentabilidade do bolo alimentar e na atividade da população microbiana, ruminal e intestinal
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