Os carboidratos na nutrição de vacas leiteiras

Os carboidratos na nutrição de vacas leiteiras

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Os carboidratos representam cerca de 60 a 70% da composição das rações, e é uma das mais importantes fontes de energia para os microrganismos do rúmen. Além disso, é o maior componente da energia para a manutenção e produção de leite.

Neste artigo você irá conhecer sobre a importância dos carboidratos na nutrição de vacas leiteiras e como eles podem influenciar na produção de leite. Então se você quer produzir leite de qualidade, continue a leitura!

Características nutritivas dos carboidratos

A fermentação dos carboidratos no rúmen produz os ácidos graxos voláteis que tem como principal fonte de energia para ruminantes.

Em vacas de leite, o rúmen, o fígado e a glândula mamária são os principais órgãos envolvidos no metabolismo do composto.

Além disso, o uso de carboidratos no rúmen, auxiliam na síntese microbiana e na manutenção da função ruminal. Sendo assim, podem ser agrupados em:

1) Estruturais (Carboidratos fibrosos)

São carboidratos menos degradáveis, como a pectina, hemicelulose e celulose, que são os mais importantes para determinar a qualidade nutritiva das forragens

A celulose e a hemicelulose são fermentadas no rúmen, pois as fibras ficam retidas por um longo período. Essas fibras formam partículas que estimulam a ruminação.

Devido a sua baixa velocidade de digestão, é considerado um nutriente capazes de encher o trato digestivo, é por isso que tem um consumo limitado de matéria seca. Podem causar:, por exemplo

  • Alterações no pH ruminal;
  • Alterações na colonização dos microorganismos sobre as partículas dos alimentos;
  • Menor atividade fibrolítica das enzimas de degradação.

Além disso, elas também aumentam o fluxo de saliva e ajudam a manter o pH ruminal pois contém bicarbonato de sódio e sais de fosfato.

O tamanho da fibra também é importante na produção de leite, pois determina o teor de gordura do leite.

Fibras com tamanho reduzido, podem diminuir o estímulo à produção de saliva, logo irá diminuir o pH ruminal e a concentração de propionato. Por conseguinte irá produzir leite com menores teores de gordura.

2) Não estruturais (Carboidratos não fibrosos)

São carboidratos mais degradáveis. Estes incluem a glicose, frutose e os carboidratos de reserva das plantas, como amido e sacarose.

Esse tipo de carboidrato possui uma rápida fermentação, aumenta a densidade da dieta e o suplemento de energia, determinando o quanto de proteína bacteriana é produzida no rúmen. No entanto, não estimula, a ruminação e a produção de saliva, o que impedem a fermentação das fibras.

Além disso, eles são importantes na dieta dos bovinos leiteiros, para a produção de leite.

+Saiba mais sobre: A classificação de Carboidratos par aos Ruminantes

+Confira também: A Fermentabilidade Ruminal dos Grãos

Planilha de Gado

Os carboidratos na composição do leite

Os principais compostos sólidos do leite são lipídios, carboidratos, proteínas, sais minerais e vitaminas. Os carboidratos influenciam na composição do leite.

A maioria dos nutrientes encontrados no leite é sintetizado na glândula mamária, sendo os seus precursores advindos da alimentação e metabolismo da vaca. Além disso, os componentes do leite são encontrados nesta proporção:

  • Água: 86-88%
  • Sólidos: 12-14%
  • Lactose: 4,6 – 5,2%
  • Gordura: 3,5 – 4,5%
  • Proteína: 3,2 – 3,5%
  • Minerais: 0,7 – 0,8%

A lactose é o principal carboidrato do leite. Por isso, durante a lactação, a glândula mamária tem necessidade de glicose, responsável pela formação da lactose.

Os carboidratos compõem a glicose, um dos nutrientes mais importantes para a produção de leite, pois são componentes da gordura do leite.

Assim, ela chega na célula secretora da glândula mamária e é utilizado na síntese da lactose. Quanto maior o teor de lactose, maior o volume do leite, por isso os carboidratos são importantes para produção do leite.

Por isso que quaisquer alterações nos componentes do leite, pode indicar deficiência de nutrientes, ou problemas na degradabilidade ruminal.

Em casos de mudanças no balanço energético, que é quando ocorre a cetose, há diminuição no teor de lactose. Além disso, durante a mastite, a concentração de cloreto de sódio no leite aumenta, o que resulta na alta pressão osmótica e uma redução na lactose.

O uso do amido na dieta de vacas leiteiras

O grão de milho é o principal cereal utilizado em dietas para vacas leiteiras no Brasil. O amido está presente no grão e é muito usado nas propriedades leiteiras.

Além disso, essa técnica é imprescindível para aumentar a produtividade das vacas e no aumento substância da produção de leite.

Também é importante definir a forma como esse amido será ofertado para o animal. Amido de grãos de milho inteiro é menos degradável que o amido de grãos moídos.

Conclusão

Enfim, neste artigo você conheceu sobre os carboidratos e como eles atuam na produção de leite. Viu também sobre os carboidratos não fibrosos, e a sua importância na composição de gordura e lactose do leite.

Também conheceu que algumas alterações e distúrbios podem causar diminuição na produção, por isso tenha sempre um zootecnista para formular a dieta dos seus animais, de forma eficiente

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