Boi safrinha: entenda o que é!

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Você já ouviu falar em boi safrinha? Termo bastante comum e está relacionado com a criação de gado a pasto e pecuária sustentável. Confira!

Boi safrinha consiste no consórcio de pastagem, implementado no verão. Tem como objetivo a cobertura do solo, ou seja, durante esse período se planta uma gramínea e grãos na mesma área.

Além disso, muitos produtores o utilizam para oferecer pasto para o gado durante o inverno. Pois é nessa época em que os pecuaristas enfrentam dificuldade de manter o cultivo de forrageira. 

Entenda neste artigo tudo que você precisa saber sobre boi safrinha. Então, continue a  leitura!

O que é boi safrinha?

A adoção do sistema  Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é uma alternativa rentável para evitar os riscos climáticos da segunda safra de verão e também aproveita áreas agrícolas que ficam em pousio durante o inverno, produzindo carne a custo mais baixo e também incrementar a produtividade da lavoura de grão.

Enfim, essa técnica ficou conhecida com Boi Safrinha, ou pasto safrinha, uma alusão a segunda safra de milho.

Como funciona essa técnica?

Na técnica são semeadas de forma simultânea  gramínea forrageira do gênero Brachiaria ou Panicum com milho ou soja, a partir do enchimento dos grãos ou plantas amarelecidas.

Além disso após a colheita dos grãos, a massa de capim formada para cobrir o solo pode ser usada como pastagem de curta duração para animais na fase de cria, recria ou terminação. Proporcionando bem-estar animal e diminuindo os custos com confinamento e aumentando o lucro das fazendas. 

Onde implementar o boi safrinha?

Fazendas que atuam com Integração Lavoura Pecuária são adeptas ao boi safrinha pelos benefícios proporcionados ao cultivo de culturas como a soja.  

Ao plantar a forrageira com soja, milho ou  qualquer outra cultura, aumenta a produção de carne, na entressafra do boi, por aumentar a quantidade de pastagem, mesmo em épocas das chuvas. 

Planilha de Gado

Quais os benefícios do boi safrinha?

Veja abaixo os benefícios do boi safrinha para o  produtor:

  • Aumenta a rentabilidade e a oferta de carne na estação de seca
  • Maior ganho de arroba do gado em pastagem de curta duração
  • Ganho quanto aos elementos fundamentais para a saúde e peso do gado, como fósforo e  potássio
  • Reduz a presença de ervas daninhas e controle de pragas

Tanto os produtores quanto pecuaristas se beneficiam da tecnologia. Bem como os frigoríficos devido a maior oferta de carne na estação seca, quando há menor disponibilidade de forragem. 

Segundo pesquisadores, um dos maiores impactos agronômicos do sistema boi safrinha é observado na produtividade da soja. Apresentanto ganhos superiores a 10% , quando em sucessão com pastagem de maior qualidade. 

O ganho de peso com essa prática está entre 6@/ha e 12@/ha na pastagem de curta duração além da ciclagem de nitrogênio, fósforo e potássio  em cerca de 60 kg/ha/ano de ureia, 95 kg/ha/ano de superfosfato simples e 85 kg/ha/ano de cloreto de potássio.

Enfim, essa prática promove melhorias das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Por exemplo, aumentando o teor de matéria orgânica e o controle de pragas e doenças das culturas, como o mofo branco da soja.

Além disso, a palhada do capim aumenta a taxa de infiltração de água no solo, elevando a recarga do lençol freático.

Quais os impactos desse sistema para a pecuária?

De acordo com o estudo sobre os impactos da tecnologia realizada pela Embrapa Cerrados, essa técnica  já ocupa mais de 3 milhões de hectares. Isso porque  ela maximiza o uso da terra e potencializa os ganhos de produtores no Cerrado.

Em um desses estudos  detectou que nos primeiros cinco anos de sistema,  a fazendas em análise teve uma redução da idade de abate de 36 a 24 meses em apenas um ano.  Também notou-se um aumento de 30% no peso médio da carcaça, subindo de 202 a 261 kg.

E não foi só os animais que foram beneficiados, a soja também foi pelo consórcio. Saindo de 54 sacas/hectare para 72 sacas/hectare após a implantação da técnica, atingindo um pico de 82 sacas/hectare.

Outro benefício em destaque  é a redução do custo de produção da arroba para o pecuarista. Quando há uma gramínea no sistema, diminui a ocorrência de pragas e doenças, aumentando o teor de matéria orgânica do solo. 

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