A Fermentabilidade Ruminal dos Grãos

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A Fermentabilidade Ruminal dos Grãos

O conceito de Fermentação Ruminal

A fermentação ruminal é resultado da atividade de microrganismos responsáveis pela conversão dos componentes dos alimentos em subprodutos utilizados no metabolismo animal como os Ácidos Graxos Voláteis (AGVs), proteína e as vitaminas do complexo B.

Além disso, esse processo também produz substâncias que não aproveitam-se como metano e gás carbônico.

A proporção e a quantidade de subprodutos dependem da natureza do alimento. Nesse sentido, fatores fisiológicos relacionados ao ambiente ruminal, como: temperatura e pH.

Digestão microbiana de amido no rúmen

Ainda mais, os subprodutos do amido constituem a maior fonte de energia para os ruminantes, representa 75% do valor energético diário dos animais. Além da produção de energia, é essencial para a nutrição proteica do ruminante, devido à importância quantitativa e qualitativa da proteína microbiana.

A quebra do amido na degradabilidade gera o aumento da concentração de glicose ruminal. Desse modo, que gera no rúmen um aumento da reprodução de microrganismos produtores de lactato, reduzindo então a produção de ácidos graxos pela parede ruminal, provocando a acidificação ruminal.

Dietas ricas em grãos, levam com frequência a queda brusca do pH. Tal qual pode deprimir o crescimento de microrganismos ruminais. A produção microbiana foi maior nas dietas que continham maior proporção de concentrado.

As bactérias utilizadoras de lactato são sensíveis ao pH mais ácido, ao passo que leva ao grande acúmulo desse produto no rúmen quando o pH do rúmen está baixo, uma faixa de 5,6.

Quando se atinge essa faixa pH, ocorre grande morte de bactérias responsáveis pela digestão das proteínas, fibras e carboidratos não estruturais, o que pode levar a redução na digestibilidade desses nutrientes no trato digestivo como um todo.

Em conclusão, o pH tem um papel primordial na manutenção de uma fermentação ruminal equilibrada. A manutenção do pH ruminal dependente de três fatores: da produção de ácidos graxos de cadeia curta no rúmen, da capacidade de tamponamento do meio, e da sua eliminação pelo fluxo e absorção intestinal.

O uso de dietas com maior concentração de grãos, requer cuidados tanto na formulação das dietas quanto o manejo alimentar. No que se refere à saúde ruminal, são maiores e podem ocasionar perdas econômicas e de desempenho.

Distúrbios como: acidose, diarreia, timpanismo, abscessos hepáticos e laminite tornam-se mais comuns.

Acidose Ruminal

Em suma, é a alteração que se dá devido a ingestão de carboidratos, frequente em ruminantes com dietas ricas em grãos. O processo começa quando o ruminante consome grande quantidade de amido resultando em mudanças no rúmen.

Adaptação às dietas, horários dos tratos, frequência e sequência de fornecimento nos currais de engorda e monitoramento de consumo são fatores fundamentais para auxiliar possíveis problemas em dietas com grãos.

Por fim, essa adaptação às dietas consiste em uma mudança gradual de uma dieta rica em fibras para uma dieta de grãos. Pois tem como objetivo promover aos microrganismos do rúmen se estabeleçam de forma adequada.

Agora que você já entendeu o conceito da “A Fermentabilidade Ruminal dos Grãos”, confira outros tópicos em nosso blog.

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