O timpanismo bovino é uma doença comum em ruminantes que é caracterizado pela distensão acentuada do rúmen e retículo.
O distúrbio acontece pelo acúmulo de gases originados da fermentação ruminal. E também pela incapacidade do animal em expulsar os gases produzidos através dos mecanismos fisiológicos normais que ocasiona
O timpanismo ruminal é uma doença comum em ruminantes, e resulta em dificuldades respiratória e circulatória, com asfixia e morte do animal.
Veja neste artigo, quais as principais causas do timpanismo, como acontece, quais os tratamentos. Conheça também os principais cuidados que se deve ter para evitar que ocorra a doença metabólica.
Então se você quer evitar esse problema na sua propriedade, continue a leitura!
Quais as causas do timpanismo bovino?
A causa da doença associa-se com a ingestão de leguminosa na área de pastejo na forma de feno ou silagem. Outra forma de apresentar timpanismo bovino é a ingestão de grãos com fácil fermentação.
Outra causa do timpanismo em bezerros, é a ingestão de leite.
O que acontece quando um bovino tem timpanismo?
Há duas categorias de timpanismo bovino: primário e secundário. Veja no texto abaixo, cada uma delas:
Timpanismo Primário
O primário acontece com a expansão irregular do rúmen. Ou seja, durante a digestão do animal, há uma produção natural de gases no rúmen. Também produzem certas proteínas presentes nas leguminosas, como saponinas e pectinas.
Além disso, essas substâncias deixam o líquido ruminal mais viscoso, formando uma espuma densa, que se mistura com o gás e conteúdo sólido e líquido do rúmen.
As bolhas presentes na espuma persistem, mesmo com a movimentação do conteúdo ruminal e não se desfazem. Assim acaba dificultando a sua eliminação e provocando a expansão do rúmen até a sua capacidade máxima, esse tipo de timpanismo é denominado espumoso.
Esse tipo de timpanismo, ocorre mais por causa de fatores nutricionais como, por exemplo:
- Dieta sem equilíbrio
- Forrageiras com elevado poder de fermentação
- Grão muito finos
Timpanismo Secundário
Já o timpanismo secundário, são problemas funcionais que estão ligados com o ato de arrotar chamado eructação. Suas causas estão ligadas a um bloqueio do esôfago, mudança na saliva, entre outras.
A ingestão de produtos muito fermentáveis em um curto espaço, leva a formação de grandes volumes de ácidos graxos voláteis. Portanto, o que resulta a fermentação da microflora ruminal.
Assim o pH ruminal diminui, fazendo com que acelere a produção de gases. Esses por sua vez, se acumulam no no rúmen e também não elimina de forma natural os gases, provocando o timpanismo gasoso. Esse tipo em geral, ocorre pela ingestão excessiva de grãos na dieta.
Outras alterações que podem ocorrer são:
- O estiramento dos membros;
- Língua para fora;
- Aumento da saliva e do pescoço;
- Redução da ação do rúmen.
Entretanto,esse tipo de timpanismo não é muito comum, como acontece com o primário e entre os fatores que favorece o seu aparecimento são, por exemplo:
- Obstrução do esôfago por corpo estranho;
- Lesão das vias de manutenção do reflexo de eructação;
- Enfartamento ganglionar por causa de infecções.
Portanto, se não é feito o atendimento emergencial, os animais podem morrer em pouco tempo.
Quais os tratamentos para timpanismo bovino?
O tratamento varia de acordo com o tipo de timpanismo e o grau que se encontra o caso.
No caso do timpanismo espumoso, o objetivo é expulsar os gases e reduzir a estabilidade da espuma. Por isso pode se usar a sonda orogástrica, colocada pela boca do animal até o estômago, para assim expulsar os gases.
Além disso, outra possibilidade é o uso do trocáter, uma agulha utilizada para escape dos gases colocadas na fossa paralombar, ou em uma abertura cirúrgica do rúmen. Após o uso da sonda, administra-se, via sonda, óleos, antifermentativos e laxativos e tornar a espuma mais estável.
Os antiespumantes utilizados, por exemplo, são todos a base de silicone, utilizados puros ou diluídos em água morna.
No entanto, para tratar o timpanismo gasoso, utiliza-se uma sonda para o alívio do animal.
Quais os principais cuidados para evitar o timpanismo bovino
O timpanismo bovino tem relação com o manejo nutricional, pois é fundamental que o animal tenha uma alimentação equilibrada com alimentos volumosos e concentrados.
Outro ponto importante é o tipo de pastagem adicionada na alimentação do rebanho. Algumas forrageiras e grãos finos podem desenvolver doenças no sistema digestório.
Além disso, faze o uso de aditivos como os ionóforos pode ajudar a aumentar a produtividade e na saúde animal.
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