PECUÁRIA INTENSIVA: Produzir mais em menor espaço
A pecuária intensiva surgiu de forma expressiva na década de 80 como forma de manter a produção de carne em períodos de entressafra. Consiste em sistema de criação de bovinos em que lotes de animais permanecem em piquetes ou currais com área restritas, onde os alimentos e água necessários são fornecidos em cocho. Pode ser dividida em confinamento e semiconfinamento.
Um dos métodos de utilização de confinamento é na terminação de bovinos, fase da produção que antecede ao abate, contribuindo no acabamento da carcaça que será comercializada. E traz benefícios como:
- Aumento da eficiência produtiva do rebanho, reduzindo a idade de abate e melhor aproveitamento do animal;
- Maior eficiência de mão-de-obra e implementos agrícolas;
- Maior flexibilidade de produção.
Confira abaixo os componentes para a implementação de um sistema de confinamento.
INFRAESTRUTURA
A infraestrutura pode ser dividida em: Centro de manejo dos animais, área de alimentação e instalação de gerência.
Centro de manejo dos animais: Destina-se à recepção e preparo dos animais que entrarão no confinamento. Nesta área ainda se realiza vacinações, pesagens intermediárias e final e embarque do gado para abate.
Área de alimentação: Local onde se produz, armazena, conserva e prepara os alimentos. Também funciona como depósito para máquinas e equipamentos (tratores, carretas etc.).
Instalações de gerência: É o local onde se faz todo o gerenciamento da propriedade, compreende em um escritório e seus equipamentos. Também se armazena produtos no manejo sanitário dos animais entre outras ocorrências extraordinárias.
ALIMENTAÇÃO
A ração é uma das bases da alimentação do bovino em confinamento, onde o alimento total contém nutrientes em proporção adequadas para atender às exigências orgânicas dos animais.
A escolha da composição da dieta e o horário de fornecimento são essenciais para a qualidade do lote de animais. A adaptação a dieta deve ser aos poucos, de forma a evitar distúrbios alimentares como acidose e timpanismo que serão melhor explanados no texto abaixo.
PROBLEMAS DURANTE O CONFINAMENTO
Os distúrbios alimentares, como acidose e timpanismo, são um dos principais problemas no confinamento e acarreta em diminuição dos rendimentos da atividade
A acidose é caracterizada pelo aumento do ácido lático no rúmen, devido ao consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos, geralmente em consequência do consumo excessivo de alimentos de fácil fermentação. O animal perde o apetite, e se não ocorrer uma intervenção pode ocorrer a morte do bovino.
O timpanismo ocorre quando há inadequada frequência na alimentação ou alternância de super ou subfornecimento de concentrados. O uso de intervenção mecânica na expulsão de gases no rúmen se faz necessário em casos mais agravantes.
GERENCIAMENTO DO SISTEMA
O constante acompanhamento e controle é fundamental para o progresso. O acompanhamento consiste na observação diária no andamento das atividades como: quantidade de alimentos, funcionamento de equipamentos agrícolas, entre outros. Já o controle é parte do acompanhamento e inclui anotação e registros dos custos da produção e servirá de base para avaliação do negócio ou do plano escolhido. É fundamental o processo de gerência do processo ser eficaz quanto as atividades intermediárias
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