O Leite Instável Não Ácido (LINA), se caracteriza pelas alterações nas suas características físico-químicas. E acomete rebanhos leiteiros e afeta a qualidade nutricional e provoca prejuízos na cadeia produtiva do leite.
Quando apresentado resultados positivos ao teste de álcool, ocorre a redução do pH, devido a fermentação e a produção de ácido lático.
A principal alteração é uma caseína instável ao teste do álcool, causando uma precipitação positiva. É um problema relacionado a fatores como por exemplo:
- Manejo (alimento, clima e a relação entre homem e animal)
- Animal (estresse, estádio da lactação, problemas digestivos, etc)
- Entre outros
Veja neste artigo tudo que você precisa saber sobre o Leite Instável Não Ácido (LINA). Então, acompanhe
O que é Leite Instável Não Ácido (LINA)?
O leite é fundamental na nutrição humana. Pois contém nutrientes importantes como proteína, lactose, gordura, vitaminas e minerais, que compreendem o conjunto de sólidos totais no produto.
Há muitos fatores na produção do leite, que são, por exemplo:
- Genéticos (espécie, raça, etc.)
- Intrínsecos ( idade, estágio de lactação, etc) e extrínsecos ( sanidade animal, contaminação bacteriana)
- Nutricionais (tipo de alimento)
- Ambientais
Há muitos testes que avaliam a qualidade do leite, como o teste do álcool, por exemplo. Esse, por sua vez, avalia a qualidade do leite nas unidades de produção leiteira. Além disso, os testes positivos ocorrem devido à redução do pH, pela fermentação da lactose, para a produção de ácido lático.
Quais os fatores responsáveis pelo LINA?
Os microrganismos mesófilos são responsáveis pela fermentação e aparecem por falta de higiene e refrigeração do leite.
No entanto, o manejo incorreto da dieta é responsável pela presença de LINA. O consumo de silagens com elevado teor de fibra e excesso de concentrados proteicos, que alteram o equilíbrio cálcio/magnésio.
Além disso, a dieta desbalanceada e longos períodos de restrição alimentar podem aumentar a apoptose e modificar a composição e o pH do sangue.
Em épocas de altas temperaturas, um ambiente quente e úmido são condições desfavoráveis. No entanto, reduzem o consumo de alimentos e a diminuição do aporte dos nutrientes para a síntese de leite. Por isso, adotar estratégias de resfriamento em períodos quente com o uso de:
- Aspersores
- Ventiladores
- Sombras geradas pelas arvores no campo
Para proporcionar conforto térmico aos animais. A idade dos animais também interfere na instabilidade do leite.
Por exemplo, vacas em estágio inicial ou final de lactação apresentam menor instabilidade do que as de vacas em estágio intermediário. Isso porque ocorre alterações na permeabilidade das células mamárias e na resposta ao balanço energético negativo no pós-parto.
Além disso, o desequilíbrio mineral, estresse térmico e genético também contribuem para a presença de LINA no rebanho.
Como prevenir o Leite Instável Não Ácido (LINA)?
Algumas práticas também previnem o Leite Instável Não Ácido (LINA), como por exemplo:
- Ambiente que proporcione conforto ao animal
- Oferta de dietas balanceadas
- Descarte de vacas que seja suscetíveis ao LINA
- Controle do período de lactação da água
Teste do álcool para avaliação do Leite Instável Não Ácido (LINA)
Não utiliza-se o teste do álcool como critério de avaliação em diversos países. No entanto, no Brasil, ainda é regulamentado pelo baixo custo e de fácil aplicação.
Além disso, deve-se manter um requisito mínimo de estabilidade de 72% para ser aceito pela indústria. E descarta-se quando os leites que não estão dentro deste padrão.
A ocorrência de LINA é comum em fazendas que fazem uso do sistema à pasto, quando comparado aos sistemas de confinamento.
Enfim, confunde-se o leite LINA com leite ácido e que quando coagula no teste do álcool, gera prejuízo financeiro na cadeia leiteira.
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