Você realiza o jejum pré-embarque na sua fazenda? Confira mais sobre essa técnica!
Alguns fatores como tipo do animal, histórico do bovinos, dieta, manejo e transporte podem afetar na produção final da carcaça. O jejum pré-embarque, também modifica de forma intensa na qualidade da carcaça.
Muitos produtores realizam práticas como a pesagem do gado pela manhã, tendo tratado o animal no dia anterior.
Outras formas é a pesagem no período da tarde, distribuindo o trato pela manhã do dia do embarque. Há também aqueles que fazem um jejum mais longo, reduzindo o trato um dia antes, deixando apenas a água disponível.
Define-se essas práticas conforme os aspectos da região e histórico da fazenda. Mas, porque muitos produtores optam pelo jejum antes do embarque? Confira abaixo sobre essa prática!
Por que muitos produtores optam pelo jejum pré-embarque
A prática de jejum pré-embarque é justificada como uma forma de buscar padronização.
Conforme a recomendação, o animal deve permanecer em jejum e dieta hídrica, por no mínimo 12 horas. Jejuns alimentares maiores que 24 horas podem causar perda da qualidade da carne, devido ao consumo excessivo das reservas.
Além disso, os produtores optam pelo jejum com a finalidade de economizar o trato.
No entanto, realiza-se o processo de padronização, tanto na entrada como na saída e sempre nos mesmos horários.
Quais os motivos para não realizar o jejum pré-embarque?
1)O Jejum pré-embarque resulta em animais estressados
Animais em jejum culmina em fome e em estresse. Animais estressados são mais reativos no curral, podendo ocorrer brigas e lesões na carcaça, o que resulta em prejuízos ao produtor.
2) Causa reações metabólicas
Animais que fazem jejum pré-embarque, sofrerão com o transporte e possíveis imprevistos no percurso.
Além disso, todos esses fatores reduz os substratos do TGI, o que leva ao consumo de suas reservas energéticas como o glicogênio muscular.
3) O jejum pré-embarque influencia no pH e na qualidade da carne dos bovinos
Essa reserva de glicogênio, reduz o pH da carcaça e o processo de transformação dos músculos em carne. O pH e a qualidade da carne são influenciadas pelo tempo de jejum, pois é quando ocorre o consumo das reservas energéticas do organismo.
O resultado é a alteração na qualidade da carne, que apresenta uma coloração escura e com dificuldade de cisalhamento.
A coloração da carne, aliado aos outros atributos sensoriais, são os principais atributos para a intenção da compra pelo consumidor afetando na decisão de compra.
Quais os manejos pré-embarque dos bovinos de corte?
Veja abaixo os principais cuidados que se deve ter para que ocorra o manejo pré-embarque correto:
- Faça a locomoção dos animais em horários menos quentes, quando em climas de temperaturas elevadas;
- Durante a movimentação dos animais, é fundamental que se tenha um guia na frente para direcionar e acalmar os animais durante o trajeto até o curral;
- Não é recomendado que se utilize objetos pontiagudos ou choques para o manejo e condução dos animais, pois eles podem causar lesões na carcaça, inclusive causar estresse nos animais, afetando na qualidade da carne;
- Garanta o bem estar dos animais. Enfim, o respeito aos animais é fundamental, mesmo antes do abate, fase importante para a qualidade da carne;
- Faça o abate de forma escalonada, com animais do mesmo padrão racial, peso, idade e sexo, para evitar contusões causadas por brigas;
- Antes de embarcar os animais, deve-se oferecer água de boa qualidade disponível.
Conclusão
Enfim, a dieta do gado deve ser conduzida com cuidado e também é fundamental que se evite o jejum pré-embarque dos animais;
Eles não devem passar fome ou sede para evitar que o estresse aumente e por fim na qualidade final da carne.
Além disso, é recomendado que também haja os devidos cuidados durante a jornada do embarque e também no pré abate, pois quanto maior a distância e tempo, maior a perda de peso, e também menor o rendimento da carcaça.
E aí, você gostou do conteúdo? Costuma aplicar boas práticas no pré embarque dos bovinos? Então compartilhe em suas redes sociais!
