Qual a forrageira indicada para áreas de morro?

Qual a forrageira indicada para áreas de morro?

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As áreas de morro são locais que exigem um certo cuidado por parte do produtor, pois há grandes riscos de erosão devido às chuvas. Por isso o produtor deve ficar atento no momento na escolha das plantas forrageiras para pastagem no morro.

Neste artigo você irá conhecer quais as espécies forrageiras indicadas para o local, suas características e quais os principais cuidados que se deve ter nesses locais. Então, se você ficou interessado e saber mais sobre essas espécies, continue a leitura!

Qual é a forrageira indicada para áreas de morro?

Para as áreas de morro, o ideal é que sejam capins estoloníferas, e se estabele de forma rápida e completa cobertura de solo.

Braquiárias do gênero Brachiaria decumbens, B. humidicola e B. brizantha (capim marandu) tem sido muito utilizada nesses locais.

A Brachiaria decumbens produz uma boa palhada, sendo bem aceita pelos animais e também produz uma alta teor dee matéria seca.

Deve-se ter cuidado durante o preparo da área, realizando sulcos com espaçamentos de 1 a 2 metros, aplicando fertilizantes, junto com as sementes.

As sementes ou raízes de estolões, ocuparão as áreas entre os sulcos de forma natural.

Utiliza-se as estoloníferas no morro, pois realizam uma boa cobertura do solo.

Entre as espécies estão: o capim estrela, coast-cross e pangola que tem uma boa adaptação ao local e podem ser plantas a partir de pedaços de estolões com espações de 0,5 a 1,0 metro dentro do sulco.

+Veja sobre Seleção Pastagem: Capim Braquiária

Quais os cuidados para o plantio de forrageiras em áreas de morro?

Agora que você já sabe quais as principais espécies de forrageiras plantadas em regiões mais declivosas, veja abaixo algumas dicas de quais os cuidados para evitar que danos como erosões, por exemplo:

  • Em áreas declivosas, ao prepara o solo da propriedade, a aração, a gradagem e o plantio deve ser feito em faixa de nível, ou seja, uma faixa preparada e outra com a vegetação nativa;
  • A largura dessas faixas irá depender do declive do local. Por exemplo, se for um morro muito acentuado, a faixa de preparo será menor e a faixa de vegetação nativa maior;
  • Com o passar do tempo, a faixa preparada tomará conta de toda a área
  • Antes de qualquer etapa. É fundamental realizar uma análise química do solo, para analisar as necessidades de adubação ou calagem do solo. 

Agora que você já sabe como fazer o plantio, veja como realizar o controle caso a sua propriedade seja declivosa e tenha processos erosivos.

Como realizar o controle de erosão em áreas de morro?

A erosão laminar pode ser ocasionada pela formação de enxurradas, que se formam quando há maior quantidade de chuva em determinada área, maior que o poder de infiltração.

Dessa forma, a enxurrada age retirando, aos poucos, a camada fértil. Do solo, tornando-o improdutivo.

Para esse tipo de região, e se você pretende ter uma criação de gado, separamos algumas boas práticas:

Planilha de Gado

1) Terraços individuais

Plataformas individuais de formato arredondados com 1,5 m a 2 m de diâmetro. No centro planta-se árvores frutíferas ou cultivo perene. Diferente dos outros terraços, os terraços individuais não continuam com as curvas de nível

Além disso, sua principal função de infiltrar a água na base da arvore, reduzindo os riscos de erosão do solo em áreas de morro. Dessa forma, o terraço deve ter uma inclinação inversa de 5% a 10%.

Dessa forma, é importante reforçar a base do terraço com barreiras vivas ou mortas.

2) Terraços Progressivos

São terraços constituídos em inclinações muito íngremes. É formado por acúmulo de solo, levado pela erosão e bloqueado por muros de 1m até 1,5m de altura, seguindo as curvas de nível.

3) Barreiras vivas e barreiras mortas

As barreiras vivas são faixas de vegetação permanente plantadas em curva de nível. Essas barreiras ajudam na retenção da água evitando a erosão laminar e enxurradas, pois ela age “segurando” o solo com as raízes na largura da curva de nível.

As barreiras mortas são formadas por pedras e material vegetal morto, como resíduos de podas.

4) “Barraginhas”, gabiões e recuperação de voçorocas por terraceamento

Neste caso, recomenda-se a construção de terraços, bacias de retenção para armazenar a água da exurrada, bem como barreiras para reter sedimentos dentro da voçoroca. Enfim, essas barreiras podem ser construídas com paliçadas de bambu, madeira e pneus usados.

Essa prática possui inúmeros benefícios como:

  • Reduz o processo erosivo
  • Melhora a infiltração de água no solo
  • Diminui os riscos de inundações
  • Melhor aproveitamento de fertilizantes
  • Recupera os solos degradados

Conclusão

Enfim, as áreas de morro são de grande risco erosivo, sendo indicado o plantio de forrageiras estoloníferas que possuem uma boa cobertura do solo, impedindo que ocorra a lixiviação do solo.

A enxurrada em áreas declivosas retira, de forma gradativa, os nutrientes do solo, por isso a implantação de boas práticas como o plantio de forrageiras adequadas entre outros, são métodos fáceis pois requerem pouca manutenção.

No entanto, é fundamental que se tenha o apoio técnico especializado para realizar o projeto do local, pois é fundamental analisar e dimensionar o local e as características de cada propriedade.

Também deve-se monitorar de forma frequente da área, para identificar qualquer sinal de erosão.

E aí, gostou do conteúdo? Já passou por problemas de erosão na sua propriedade? Então, conta para gente nos comentários, e compartilhe em suas redes sociais!

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